Evidências Covid 19

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Como os dados dos pacientes registrados em prontuário eletrônico podem ajudar no manejo da COVID-19 e quais os principais desafios?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Informática em saúde e Prontuário Eletrônico de Saúde para suporte à pesquisa clínica na pandemia COVID-19: uma visão geral

MONT’ALVÃO, Claudia

DAGLIATI, A.; et al. Health informatics and EHR to support clinical research in the COVID-19 pandemic: an overview.  Brief Bioinform. , v. 22, n. 2, p. 812-822, Mar. 2021. DOI: 10.1093/bib/bbaa418. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33454728/

A pandemia do coronavírus 2019 (COVID-19) mostrou claramente que os principais desafios e ameaças para a humanidade precisam ser enfrentados com respostas globais e decisões compartilhadas. Os dados e suas análises são componentes cruciais para as atividades de tomada de decisão. Com essa finalidade, várias iniciativas começaram a permitir as partilhas nacional e internacional de diferentes tipos de dados sobre a COVID-19, incluindo dados moleculares (a partir das sequências aos alvos de medicamentos), epidemiológicos e dados de políticas e estratégias de intervenção.

Curiosamente, um dos aspectos mais difíceis é a reutilização e o compartilhamento de dados clínicos precisos e detalhados coletados por Prontuários Eletrônicos de Saúde (Electronic Health Records -EHR), mesmo que esses dados tenham uma importância primordial. Os dados de EHR não são apenas essenciais para apoiar as atividades do dia a dia, mas também podem alavancar as pesquisas e apoiar as decisões críticas sobre a eficácia de medicamentos e as estratégias terapêuticas.

Neste artigo, os autores concentram a atenção em infraestruturas de dados colaborativos para apoiar a pesquisa da COVID-19 e nas questões abertas que surgiram sobre o compartilhamento e a governança de dados com a COVID-19.

Os autores apresentam ferramentas colaborativas disponíveis, tais como infraestruturas colaborativas, redes de institutos de pesquisa, bancos de dados compartilhados e tecnologias digitais. Destacam ainda que a pandemia de COVID-19 deixou claro que a comunidade da informática em saúde concorda e exige estruturas unificadas para compartilhar e trocar dados epidemiológicos digitais, de acordo com os regulamentos de proteção de dados. Isso facilitará o fluxo de informações entre os profissionais de saúde, as partes interessadas, decisores políticos e o público. No entanto, ressaltam que as iniciativas de compartilhamento de dados podem ser drasticamente limitadas pela heterogeneidade de formatos e padrões de dados. Isso ocorre porque os dados requerem uma longa fase de pré-processamento, que consiste no mapeamento de variáveis entre os padrões de codificação e versões, antes de serem compartilhados com outros grupos para contribuir com estudos multicêntricos.

Os estudos sobre a pandemia COVID-19 são mais afetados do que outros pela heterogeneidade, em termos de padronização de dados, decorrente da rápida disseminação e evolução da epidemia e do tempo limitado que os institutos de pesquisa tiveram para organizar a coleta de dados de forma homogênea. Na perspectiva dos pesquisadores, a possibilidade de integrar as informações derivadas dos EHR sobre a condição da doença dos pacientes, tratamentos, intervenções e exames clínicos com outras fontes de dados é de suma importância para uma compreensão mais profunda do mecanismo e da manifestação de gravidade da COVID-19. Os autores concluem apontando que as lições aprendidas com a pandemia COVID-19 podem ser um elemento para melhorar a pesquisa internacional e a capacidade futura de lidar com emergências e necessidades de rápido desenvolvimento, que provavelmente serão mais frequentes no futuro em nosso mundo conectado e interligado.

Como o estilo de vida saudável e as doenças pré-existentes podem influenciar na evolução clínica da COVID-19 ?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Exercício, sistema imunológico, nutrição, doenças respiratórias e cardiovasculares durante COVID-19: uma combinação complexa

MARTINHO, Alfredo

SCUDIERO, O. et al. Exercise, Immune System, Nutrition, Respiratory and Cardiovascular Diseases during COVID-19: A Complex Combination. Int. J. Environ. Res. Public Health, v. 18, n. 3, p. 904, Jan. 2021. Doi: 10.3390/ijerph18030904 . Disponível em: https://doi.org/10.3390/ijerph18030904

O artigo apresenta uma revisão da literatura que busca esclarecer a influência dos exercícios intensos, da nutrição, das doenças respiratórias e cardiovasculares pré-existentes durante as infecções pelo Sars CoV-2, causador da COVID-19, um patógeno de animal (RNA vírus), capaz também de infectar humanos.

A família dos coronavírus infectam diferentes espécies de seres vivos, sendo uma ameaça global que apresenta os sintomas mais comuns da infecção pelo Sars CoV-2: febre, dor de cabeça, tosse, dificuldades respiratórias e diarreia. Em alguns casos, esses sintomas podem permanecer silenciosos; em outros, a manifestação é violenta, a ponto de causar pneumonias graves, dispneia, insuficiência renal e até óbito. Os pacientes mais vulneráveis ​​a infecções têm doenças pré-existentes, imuno-comprometimento por efeitos de nutrição, exercícios físicos, e predisponentes genéticos.

O estado nutricional do hospedeiro, o estilo de vida, as práticas de exercícios físicos não foram consideradas, até recentemente, como fator contribuinte para o surgimento de doenças infecciosas virais, por terem influência no sistema de defesas do organismo. 

O sistema imunológico, que apresenta imunidade inata e adquirida, é um complexo de células, tecidos e órgãos com funções específicas de defesa.

A imunidade inata está presente desde o nascimento, incluindo tanto as barreiras do corpo quanto proteínas, que atuam como reguladores e mediadores da resposta inflamatória do corpo; a imunidade adquirida se desenvolve durante o primeiro ano de vida, com respostas que o organismo customiza de acordo com o agente estranho.

Revisando observações relacionadas aos exercícios de intensidade moderada, os resultados foram “imuno-intensificadores”, responsáveis ​​por uma redução na inflamação e aumento da imunovigilância.

Por outro lado, observaram-se mudanças negativas nos níveis e na função de muitos componentes do sistema imunológico em resposta a exercícios intensos e prolongados. 

Durante esta fase, chamada de “janela aberta”, o hospedeiro ficou mais sensível a microorganismos como vírus e bactérias com maior risco de contrair infecções.

Esse modelo acima não pode ser aplicado a atletas de elite, na verdade, pois uma alta carga de treinamento nesses atletas está associada a um menor risco de infecções.

Quanto à nutrição, que desempenha um papel essencial no desenvolvimento e manutenção do sistema imunológico, observou-se que deficiências nutricionais aumentam a suscetibilidade a infecções e que um bom estado nutricional pode prevenir infecções.

Nas observações sobre o envolvimento cardíaco na infecção por COVID-19 verificaram-se 2 expressões: (1) lesão direta ao coração e (2) efeitos das comorbidades cardíacas no prognóstico da infecção, com uma elevada taxa de mortalidade. 

Uma análise criteriosa (meta-análise) de pacientes com COVID-19 relatou uma prevalência de hipertensão, doença cardiovascular e cerebrovascular e diabetes (comorbidades) nos pacientes que necessitaram de internação em terapia intensiva.

Observou-se também, uma primeira evidência de que um fundo genético predisponente pode contribuir para a suscetibilidade e/ou gravidade de doenças entre os indivíduos; essas variantes podem ser responsáveis ​​por diferentes respostas do hospedeiro à infecção por COVID-19. 

Uma nutrição adequada e um estilo de vida saudável, acompanhados de exercícios moderados, são os pontos-chave na saúde.

Outros pontos importantes analisados na revisão foram sobre reabilitação, terapia preventiva e controle.

A intensidade e a duração da reabilitação dependem, em geral, do tempo de internação, objetivando melhorar a dinâmica respiratória, neutralizar problemas musculoesqueléticos e neuropsicológicos.

Não há terapia comprovada para a prevenção ou tratamento de COVID-19; a imunoterapia (ou seja, imunoglobulinas e terapia de plasma) tem o potencial de representar uma opção terapêutica eficiente.

Para o controle, além dos exames comumente realizados, testes rápidos são importantes para identificar microrganismos patogênicos agressivos, como o da COVID-19, garantindo o monitoramento de atletas e cidadãos comuns, a fim de salvaguardar sua saúde e a daqueles que os rodeiam.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como o conhecimento detalhado das proteínas do vírus pode contribuir para tratar e prevenir a COVID-19 ?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Estruturas de Proteínas de Ligação a RNA SARS-CoV-2 e Alvos Terapêuticos

PALMEIRA, Vanila Faber

KHAN, M. T.; et al. Structures of SARS-CoV-2 RNA-Binding Proteins and Therapeutic Targets. Intervirology. Epub ahead of print. Jan. 2021. DOI: 10.1159/000513686 Disponível em:  https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33454715/

Nas últimas décadas várias epidemias foram observadas, incluindo a síndrome respiratória aguda grave pelo Coronavírus (SARS-CoV) e a gripe suína (H1N1). Porém, a mais mortal surgiu em 2019 pela doença do novo Coronavírus (COVID-19) causada pelo SARS-CoV-2. Pesquisas realizadas em diferentes países de todo o mundo buscam novos alvos, tanto para terapia antiviral como para a produção de vacinas para a COVID-19.

O SARS-CoV-2, também conhecido como novo Coronavírus, ou Coronavírus 2019, causa uma infecção muito diversificada em apresentações clínicas, chamada de COVID-19. O Coronavírus 2019 apresenta várias estruturas importantes para a sua replicação viral. Várias proteínas estão sendo mapeadas e sugeridas como possíveis alvos para o desenvolvimento de drogas antivirais e/ou para a produção de vacinas. Dentre essas proteínas temos a categoria das proteínas estruturais, como a proteína S (Spike) e proteína N, bem como a de algumas proteínas não-estruturais, como a proteína 9, proteína 15 e proteína MPRO.

Dentre as proteínas de superfície como a proteína S e a proteína N, esta última é a mais promissora, tanto como possível alvo para a produção de drogas antivirais, quanto para o desenvolvimento de vacinas, uma vez que é uma proteína mais conservada. Isto significa que é traduzida a partir de uma região gênica que sofre pouca ou nenhuma variação (portanto, com menor risco para mutações), permitindo, portanto, a produção de fármacos mais específicos e com menos efeitos colaterais. Além disso, a proteína N é extremamente imunogênica levando, portanto, a uma excelente ativação do sistema imune. Já as proteínas não estruturais como a proteínas 9, 15 e MPRO estão envolvidas com a replicação e/ou amadurecimento da partícula viral, sendo seus sítios catalíticos alvos para drogas antivirais contra o Coronavírus 2019.

O conhecimento sobre a estrutura do Coronavírus 2019 é relevante, e especificamente suas proteínas e suas funções são cruciais para as pesquisas de novas drogas antivirais capazes de inibir a replicação do vírus e, desta maneira, reduzir o tempo e a intensidade dos sinais e sintomas da COVID-19. Além disso, permite também o desenvolvimento de vacinas eficazes e sem perda de eficiência devido às várias mutações pelas quais o Coronavírus 2019 pode passar. É importante lembrar que os alvos devem ser precisos, para evitar e/ou reduzir a toxicidade dos antivirais para as células humanas, e, portanto, possam ter menos efeitos colaterais sobre a saúde.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como as células do sistema imune podem ajudar na defesa e podem gerar respostas inadequadas na infecção pelo vírus?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Monócitos e macrófagos em covid-19: amigos e inimigos

GIESTA, Monica Maria da Silva

MEIDANINIKJEH,  S. et al. Monocytes and macrophages in COVID-19: Friends and foes. Life sciences, v. 269, p. 119010. Epub 2021 Jan 14. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.lfs.2020.119010

Evidências indicam que a principal responsável pela severidade e por óbitos nos casos de infecção pelo SARS-CoV-2 é uma resposta inflamatória exacerbada e isto envolve as principais células de defesa de nosso organismo: os macrófagos e os monócitos. Estas células são responsáveis pela defesa contra patógenos, porém, alterações aberrantes em sua função, como uma tempestade de citocinas, podem ser muito prejudiciais, como nos casos de síndrome do desconforto respiratório agudo, injúrias cardiovasculares e lesões teciduais. Embora o padrão de patogenicidade do coronavírus seja complexo e variável, sabe-se até agora que a proteína spike da membrana viral interage nas células humanas com receptores ACE2, principalmente nas células pulmonares, onde encontram-se também as células de defesa dos tipos macrófagos e monócitos. Normalmente estas células de defesa imune agem de maneira adequada, defendendo o organismo para eliminação de patógenos estranhos. Todavia, se infectadas pelo vírus, estas células perdem a capacidade de evocar respostas protetoras adequadas, e com suas funções imunológicas desreguladas liberam uma grande quantidade de substâncias inflamatórias, que acabam por ocasionar lesões em órgãos e tecidos, podendo levar inclusive ao óbito.

Os autores seguem fazendo uma explanação sobre as origens e a diferenciação destas células de defesa, desde a origem na medula até os mecanismos responsáveis pela diferenciação e por seus papéis biológicos, exemplificando os papéis em diversas patologias, como na AIDS, EBOLA e Síndromes Gripais. A seguir, detalham o funcionamento destas células na COVID-19, com base nos estudos publicados anteriormente por outros autores. Das alterações, tanto na qualidade quanto na quantidade de monócitos e macrófagos, vale ressaltar os achados em pacientes graves das UTIs, nos quais foi encontrada uma subpopulação de monócitos com alta produção de IL- 6, substância com alto poder inflamatório. O artigo continua citando detalhadamente os trabalhos de biologia celular publicados nesta patologia por diversos investigadores, colocando a seguir que estes achados colaboraram para possibilidade futura de tratamento através de derivados de células-tronco, cuja capacidade regenerativa de tecidos e cujas atividades anti-inflamatória e antimicrobianas poderiam reverter quadros graves.

Como pontos negativos colocamos que o artigo traz expressões bem especificas e de linguagem especializada, e pode com isso ser incompreensível para o leitor leigo.

Os pontos positivos da publicação são destacados pela revisão sistemática minuciosa e pelas ilustrações coloridas de excelente qualidade, que facilitam a compreensão e os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na gênese da doença, abordando ao final a esperança de novas terapias que possam combater o processo inflamatório desordenado.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como o bloqueio da interleucina-6 pode contribuir no tratamento da COVID-19 ?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Podemos usar o bloqueio da interleucina-6 (IL-6) para a síndrome do coronavírus 2019 (COVID-19) induzida pela liberação de citocinas (RSC)?

FARHA, Jorge

LIU, B. et al. Can we use interleukin-6 (IL-6) blockade for coronavírus disease 2019 (COVID-19)-induced cytokine release syndrome (CRS)? Journal of Autoimmunity, v 111, Apr 2020, DOI: 10.1016/j.jaut.2020.102452. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32291137

A doença associada ao coronavírus – 2019 (COVID-19), varreu 202 países com uma mortalidade impressionante e o Coronavírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave  (SARS-CoV-2) foi identificado como causador da COVID-19. O vírus atinge o pulmão e outros órgãos, ligando-se ao receptor da enzima conversora da Angiotensina-2 (ECA-2) existente na superfície celular e que ocorre em grande número nas células do pulmão, do coração e dos rins.

Observa-se quase sempre elevação das citocinas inflamatórias, fazendo supor que a tempestade de citocinas desempenha um papel central na manifestação da doença. Acredita-se que uma resposta retardada do Interferon-1 desempenha papel central na rápida replicação viral que ocorre nos pulmões. Esse retardo é seguido por uma acentuada resposta imune com liberação de várias citocinas inflamatórias. Dentre as citocinas a que merece maior destaque é a Interleucina-6

Em razão disso, propõe-se o uso de imunomoduladores, em adição ao tratamento antiviral, como estratégia para atenuar a resposta imune exacerbada

Dados de Wuhan, na China, mostraram que até 32% dos pacientes necessitam de uma unidade de tratamento intensivo e que dos pacientes com evolução grave a mortalidade pode alcançar mais de 61%. Citocinas inflamatórias e Quimiocinas, como a Interleucina-6 (IL-6), a Interleucina 1β (IL-1β), a Proteina-10 Induzida (IP-10) e a Proteina-1 Quimiotática de Monócitos (MCP-1) estão implicadas na resposta imune e estão mais elevadas precisamente nos pacientes mais graves.

Tocilizumab é um anticorpo monoclonal recombinante anti-Interleucina-6 aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, para tratamento de alguns casos de Síndrome da Tempestade de Citocinas. Sua ação se dá ligando-se à IL-6, inibindo sua atividade inflamatória. A Interleucina-6 é o mais importante mediador da resposta inflamatória da Síndrome da Tempestade de Citocinas e seus níveis se correlacionam com os casos mais graves da síndrome. Outros mediadores desempenham também um papel relevante nesta síndrome, como o Interferon γ (INF-γ) e o Fator de Necrose Tumoral α (TNF-α).

Em diversas doenças que frequentemente cursam com a Síndrome da Tempestade de Citocinas, Tocilizumab se mostrou eficaz e seguro, inclusive para uso em pacientes pediátricos. A despeito de alguns efeitos colaterais, o mecanismo de ação do imunobiológico, inibindo o principal mediador da resposta imune dramática associada à Covid-19, justificam a proposta de utilização do medicamento nos casos graves dessa doença, como medicamento sem indicação em bula.

Os autores chamam a atenção para alguns fatores que devem ser levados em conta na decisão de utilizar o Tocilizumab na COVID-19, com base em experiência prévia em outras patologias que cursam com a Síndrome da Tempestade de Citocinas. Por fim, algumas considerações são feitas sobre o uso concomitante de anti-inflamatórios, imunossupressores, imunomoduladores e agentes antivirais que podem resultar em efeito aditivo ou negativo.

Terapias potenciais para a Síndrome da Tempestade de Citocinas são listadas, sugerindo futuros ensaios que possam ampliar o arsenal terapêutico para esta e outras patologias de natureza semelhante.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como têm evoluído as tecnologias que utilizam ondas luminosas para detectar vírus como o da COVID-19 ?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Tecnologias ópticas para detecção de virus como COVID-19: Progresso e perspectivas

NACCACHE, Mônica

LUKOSE, J.; CHIDANGIL, S.; GEORGE, S. D. Optical technologies for the detection of viruses like COVID-19: Progress and prospects. Biosens Bioelectron., v. 178, p. 113004,  Apr. 2021. Epub 16 jan. 2021. DOI: 10.1016/j.bios.2021.113004. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0956566321000403?via%3Dihub#appsec1

Tendo em vista a incerteza dos resultados existentes nos métodos atuais para detecção do SARS-CoV-2, o artigo faz uma revisão de tecnologias fotônicas, utilizadas para detecção de vírus da família SARS-CoV.

Os autores argumentam que ferramentas de imagem vêm se tornando mais disponíveis e têm se tornado mais populares para detecção de vírus. Esta não é a realidade em muitos países, incluindo o Brasil, devido ao custo e acessibilidade dos equipamentos.

No trabalho são apresentados os métodos mais populares usados para detecção de vírus (em particular para o coronavirus), e descrita a aplicabilidade de algumas técnicas: espectroscopia de infra vermelho – FTIR (Fourier Transform Infrared Spectroscopy), técnicas de microscopia de super-resolução, espectroscopia Raman, técnicas baseadas em fluorescência. Vários destes métodos já são utilizados com sucesso na detecção de vírus causadores de outras doenças (por exemplo: Ebola, HIV).

Os métodos citados que são usados de forma mais popular não apresentam ainda resultados muito satisfatórios em comparação com os métodos normalmente utilizados.

Segundo os autores, o uso das técnicas fotônicas ainda têm grandes desafios a vencer, devido à diversidade dos vírus que circulam no corpo humano, mas este fator poderia ser contornado com o uso de Inteligência Artificial.

O tempo de aquisição e a precisão de resultados parecem adequados, porém o custo e a disponibilidade de equipamentos seriam ainda pontos contrários ao emprego da maioria destas técnicas. Porém, os autores ressaltam os avanços tecnológicos que surgem a cada dia, associados a estas técnicas, e no sentido de minimizar custo, tamanho e dificuldade de utilização. Dessa forma, as pesquisas neste sentido são de grande importância e irão certamente contribuir para a detecção e o estudo mais aprofundado de vírus como o da COVID-19.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como a epidemia tem afetado a saúde dos adolescentes ?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

A saúde do adolescente em tempos de COVID-19

FAULHABER, Maria Cristina Brito

OLIVEIRA, W. A.; et al. A saúde do adolescente em tempos da COVID-19: scoping review. Cad. Saúde Pública, v. 36, n. 8, p. e00150020, Epub Aug 28, 2020. Doi: 10.1590/0102-311X00150020 Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00150020

A pesquisa consiste em uma revisão sistemática da literatura do tipo scoping review, modalidade de estudo que visa identificar e sintetizar evidências científicas sobre questões emergentes buscando acelerar a duração da investigação. Neste artigo o objetivo foi identificar o impacto ou os efeitos da pandemia da COVID-19 na saúde do adolescente. Foram considerados apenas artigos de 2020 em português, inglês ou espanhol, relativos a adolescentes e jovens adultos na faixa etária entre 10 e 24 anos e usadas as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A maior parte dos 11 artigos selecionados foram procedentes dos EUA (45,4%), a queixa clínica predominante foi tosse e febre, o prognóstico foi bom e houve apenas um óbito na faixa etária entre 10 e 19 anos.

A doença COVID-19 provocou uma pandemia cujas medidas de contenção da propagação levaram a alterações nos cotidianos das pessoas. O fechamento de instituições de ensino retirou cerca de 1,5 bilhão de crianças e adolescentes das escolas. A interrupção nas rotinas e o confinamento em casa pode gerar nos adolescentes medos, incertezas, ansiedades, distanciamento social dos pares ou amigos, afetando a qualidade de vida. Um dos artigos selecionados mostrou uma elevada prevalência de sintomas depressivos (43,7%) e de ansiedade (37,4%), tendo o sexo feminino apresentado maior prevalência desses sintomas. Foram considerados fatores de proteção contra a depressão e a ansiedade a conscientização sobre COVID-19 (acesso às informações, conhecimento sobre o processo de adoecimento e as medidas de prevenção).

Duas semanas após a Organização Mundial da Saúde declarar o estado de pandemia, um estudo com 584 adolescentes chineses revelou que 40,4% estavam propensos a apresentar problemas psicológicos e 14,4% manifestavam sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. Outro aspecto importante evidenciado foi a violência doméstica (considerada um problema de saúde pública). A partir do momento que as escolas foram fechadas os adolescentes ficaram mais próximos de figuras parentais abusivas que utilizam práticas de punição física para controlar comportamentos indesejados. A convivência familiar pode também aumentar as tensões nas relações interpessoais e favorecer o surgimento de doenças mentais preexistentes.

Em relação às doenças respiratórias entre adolescentes ainda não há consenso, embora os dados coletados com adultos indiquem que a asma é um fator de risco para morbidade e mortalidade da COVID-19. No Brasil, a prevalência de asma em adolescentes é alta (estudo PeNSE de 2015: 17,92% entre 102.072 escolares do 9º ano do ensino fundamental). A medicação de adolescentes asmáticos deve ser mantida, assim como devem aumentar a higienização das mãos e o distanciamento social.

Com a epidemia observou-se um rápido período de transição do atendimento presencial para o virtual, sendo mais facilmente acompanhadas as queixas relacionadas a problemas dermatológicos, dores de cabeça crônicas e sintomas musculoesqueléticos. Outras ações percebidas como facilmente gerenciadas via telemedicina foram os transtornos do humor, manutenção de medicamentos para Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), orientações relacionadas à saúde sexual e reprodutiva e monitoramento de casos de transtornos alimentares.

O adolescente e o processo de adolescer devem ser vistos como uma janela de oportunidades de um indivíduo em desenvolvimento, inserido nos contextos social, cultural e coletivo. Certamente essas experiências de adversidades repercutirão emocional e psicologicamente a longo prazo em sua saúde.

Entre as limitações dos estudos analisados estão o uso de questionários de autorrelato, o desenho do tipo transversal das pesquisas e amostras relativamente pequenas.

A contribuição original da pesquisa reside na abordagem da saúde do adolescente em tempos de pandemia, concluindo que este evento pode ser considerado um determinante que afeta diferentes dimensões da vida dos adolescentes.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como proceder e conduzir o manejo dos pacientes com transtornos gastrointestinais na pandemia da COVID-19 ?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Covid-19 e aparelho digestivo: proteção e manejo na pandemia por SARS-CoV-2

FARHA, Jorge

CRESPO, J. et al. Covid-19 y aparato digestivo: protección y manejo en la pandemia por SARS-CoV-2 Revista Española de Enfermedades Digestivas, v.5, n. 112, p. 389-396, Apr. 2020, Doi: 17235/reed.2020.7128/2020. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32338017

A pandemia de SARS CoV-2 tem uma morbimortalidade considerável em relação às epidemias de SARS CoV e MERS, exigindo adoção de medidas globais de confinamento e isolamento social. O impacto dessa pandemia nos serviços de Gastroenterologia e Hepatologia, nos pacientes e na nova forma de trabalhar são abordados nessa curta revisão.

Uma linha do tempo sobre a disseminação do vírus é apresentada desde a primeira morte na China em 11 de janeiro até 10 de março de 2020.

O Tubo digestivo é um alvo potencial do SARS CoV-2, tal como demonstrado em estudos que revelam a afinidade do vírus pelos receptores da Enzima Conversora da Angiotensina 2 (ECA-2) em mucosa  do estômago, duodeno e reto.

Os procedimentos endoscópicos são, por essas razões, considerados de alto risco para transmissão do SARS CoV-2, e se propõe uma estratificação do risco conforme o procedimento a ser executado.

Tendo em conta as premissas acima e o fato de um grande número de infectados ser assintomático, medidas de rastreamento permanente são preconizadas para os integrantes da unidade de endoscopia digestiva e para todos os pacientes que apresentam indicação de procedimentos  endoscópicos.  

Na Doença Inflamatória Intestinal (DII), não foi demonstrado maior risco de infecção pelo SARS CoV-2 nos pacientes acometidos pela DII, ainda que a mucosa inflamada do intestino, especialmente na Doença de Crohn, exiba superexpressão do Receptor ECA-2, possivelmente devido ao aumento de sua forma solúvel, que compete com receptor de membrana na ligação com o SARS CoV-2, e assim contribuiria para limitar a infecção.

São estratificados aqueles pacientes com condições associadas que elevam o risco de evolução desfavorável, tais como doenças cardiorrespiratórias, diabetes, hipertensão arterial, entre outras,  para um monitoramento mais próximo.

Propõe-se que cada serviço elabore um plano de triagem para os infectados pelo SARS CoV-2, em especial para os que utilizam medicamentos que interferem na imunidade.

Nos pacientes com doença hepática crônica, observa-se que entre 14 e 50% dos infectados pelo SARS CoV-2 têm elevação das enzimas ALT e AST, não apenas em razão das doenças de base, mas também pela ação direta do vírus, tendo em vista a expressão do receptor da ECA-2 nas células hepáticas.

Constata-se a importância da enzima AST como elemento preditivo de evolução desfavorável nos pacientes com doenças hepáticas crônicas.

Discute-se a conduta frente aos pacientes com indicação de Transplante hepático em Lista de Espera, em especial quanto aos recursos necessários para garantir a segurança dos casos elegíveis. Nos transplantados propõe-se um seguimento próximo, e alteração da medicação nos pacientes com evolução mais grave.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como a COVID-19 afeta crianças com doenças reumáticas?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Implicações da COVID-19 na reumatologia pediátrica

FAULHABER, Maria Cristina Brito

BATU, E.D.; ÖZEN, S. Implications of COVID-19 in pediatric rheumatology. Rheumatol Int. v. 40, n. 8, p. 1193-1213, ago. 2020. Doi: 10.1007/s00296-020-04612-6. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32500409/

O artigo tem como objetivo fornecer uma visão geral da pandemia por COVID-19 sob a perspectiva do reumatologista pediátrico. A revisão sistemática da literatura avaliou 231 pacientes com doenças reumáticas que apresentaram COVID-19, entre as quais apenas uma era criança, com seis meses, com doença de Kawasaki. A taxa de mortalidade foi de 3,9% em decorrência da COVID-19. Embora a infecção por SARS-CoV-2 seja leve na maioria dos pacientes afetados, em alguns casos pode causar sintomas clínicos graves, como síndrome do desconforto respiratório agudo ou tempestade de citocinas, levando à morte. A tempestade de citocinas resulta da ativação imunológica descontrolada que leva à hiper-inflamação e doença de múltiplos órgãos. Até o momento, os dados atuais não comprovaram que imunossupressão seja um fator de risco específico para doença grave como SARS. Muitos dos medicamentos que estão sendo testados no tratamento de COVID-19 são os mesmos usados pelos pacientes com doenças reumáticas.

A doença reumática subjacente mais comum foi lupus eritematoso sistêmico (LES) (n=117) seguido por artrite reumatoide (n=45).

A razão exata pela qual as crianças são menos afetadas ainda não foi esclarecida. Fatores que podem explicar este fato: 1) Crianças viajam menos que os adultos, o que pode ser uma proteção; 2) Crianças não fumam e o trato respiratório é menos exposto à poluição do ar; 3) Comorbidades como hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 não são frequentes entre elas; 4) As vias respiratórias superiores das crianças são geralmente colonizadas com uma variedade de micro-organismos que podem competir com SARS-CoV-2; 5) A resposta imune inata é mais robusta enquanto o sistema imunológico adquirido (ou adaptativo) é mais imaturo em comparação com adultos – esta última requer exposições anteriores aos antígenos e portanto leva tempo para se desenvolver após o primeiro contato com um novo invasor; 6) O padrão de expressão de ACE2 (proteína presente no organismo que participa do sistema renina-angiotensina promovendo vasodilatação e diminuição da pressão arterial) pode ser diferente em crianças e 7) Algumas vacinas infantis podem fornecer um efeito protetor contra COVID-19.

São citadas duas vacinas capazes de reduzir os danos causados por COVID-19: BCG e MMR. Análises epidemiológicas mostraram que a incidência de COVID-19 e a taxa de mortalidade foram significativamente menores em países com programas de vacinação BCG. Após vacinação com MMR constatou-se em alguns casos que os títulos de IgG contra a rubéola aumentaram na infecção por SARS-CoV-2, sugerindo uma homologia estrutural entre rubéola e SARS-CoV-2. Surgindo uma vacina contra COVID-19 é importante analisar a resistência cruzada com outras vacinas, além de levar em conta não ser possível prever a rapidez com que o sistema imunológico desenvolverá uma resposta que irá proteger contra a COVID-19 (se houver).

É abordado ainda o tratamento de COVID-19 em pacientes com doenças reumáticas: a) drogas antivirais não foram eficazes; b) anti-inflamatórios não esteróides: apenas um estudo demonstrou que ibuprofeno poderia aumentar a expressão de ACE2; c) glicocorticóides: metilprednisolona parece diminuir o risco de morte em pacientes com síndrome de dificuldade respiratória aguda; d) hidroxicloroquina: usada no tratamento de LES, tem diversos efeitos colaterais; e) inibidores da janus quinase: enzimas pouco usadas em pediatria no tratamento de artrite idiopática juvenil; f) drogas dirigidas a citocinas; g) plasma convalescente: imunização passiva, necessita de estudos pareados.

Embora a doença geralmente tenha um curso leve em crianças, elas não são imunes à COVID-19 e diferentes manifestações clínicas como a síndrome de Kawasaki têm sido relacionadas à infecção por SARS-CoV-2.

Esta resenha pertence ao grupo sobre:

Como a COVID-19 pode causar lesão nos rins dos pacientes mais gravemente enfermos?

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Lesão renal aguda em pacientes criticamente enfermos com COVID-19

SARMENTO, Rogério

GABARRE, P. et al. Acute kidney injury in critically ill patients with COVID‑19. Intensive Care Med , v.46, n. 7, p. 1339-1348, Jul. 2020. DOI: 10.1007/s00134-020-06153-9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32533197/

O trabalho aqui apresentado é um artigo de revisão, que analisa a incidência e possíveis causas da lesão renal aguda em pacientes com COVID-19.

A incidência de lesão renal aguda, levando à insuficiência renal aguda em pacientes com COVID-19, é muito variável de acordo com as publicações analisadas neste artigo, porém fica em torno de 11% com oscilações entre 8 e 17%. O que chama atenção é que essa incidência aumenta muito nos casos de pacientes graves, ou seja, aqueles que necessitam de unidades de terapia intensiva, intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Nesses casos de maior gravidade, a incidência aumenta para 23% com oscilações entre 14 e 35%. Dentro do conjunto desses pacientes graves, 5% necessitaram de terapia com diálise, por decorrência de uma condição de falência total da função renal.

As hipóteses para as causas da insuficiência renal na COVID-19 abrangem mecanismos diretos e mecanismos indiretos.

Os mecanismos diretos da lesão renal provocada pelo vírus envolvem a sua ação direta em receptores muito presentes nos rins, como o ACE2 (receptor da enzima conversora de angiotensina), ocasionando lesão renal provocada pelas citocinas inflamatórias que são liberadas durante a infecção e também pela trombose microvascular que provoca uma diminuição da chegada de sangue nos glomérulos, os quais são responsáveis pela produção de urina. É bom lembrar que a infecção por COVID-19 leva a um estado de hipercoagulabilidade, ou seja, aumento da produção de trombos e, por isso, muitos pacientes têm que utilizar anticoagulantes em doses altas durante o tratamento.

Dentre os mecanismos indiretos, em pacientes com as formas graves de COVID-19, destacam-se: a alta incidência de doenças, como a hipertensão arterial sistêmica e a diabetes mellitus que, por si só, já levam a lesão renal; as alterações no sistema cardiovascular provocadas pela lesão cardíaca; e diminuição da perfusão de todos os órgãos, que ocorre durante a ventilação mecânica. Nesses casos, a diminuição do sangue que chega aos rins contribuiria para o desenvolvimento da insuficiência renal. As consequências da ventilação mecânica nas formas graves da COVID-19 são muito agressivas tanto para o pulmão quanto para o sistema cardiovascular, devido à gravidade e à complexidade do acometimento pulmonar desta doença. O uso de drogas nefrotóxicas, durante o tratamento, também é um importante componente para produzir a lesão renal indireta. Dentre essas drogas, os antibióticos, muito utilizados em função da pneumonia bacteriana secundária que ocorre na evolução das formas graves da doença, se destacam na intensificação da nefrotoxicidade.

A importância dessa revisão foi evidenciar a alta incidência de insuficiência renal aguda nas formas graves de COVID-19, o que aumenta o tempo de internação, os custos do tratamento e a mortalidade dos pacientes. Outras importantes informações são a certeza da lesão renal direta pelo vírus, e também o fato de que, apesar do RNA viral ser encontrado na urina, não existem evidências de transmissão da doença através dela.

Esta resenha pertence ao grupo sobre: