Evidências Covid 19

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Como os dados dos pacientes registrados em prontuário eletrônico podem ajudar no manejo da COVID-19 e quais os principais desafios?

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Informática em saúde e Prontuário Eletrônico de Saúde para suporte à pesquisa clínica na pandemia COVID-19: uma visão geral

MONT’ALVÃO, Claudia

DAGLIATI, A.; et al. Health informatics and EHR to support clinical research in the COVID-19 pandemic: an overview.  Brief Bioinform. , v. 22, n. 2, p. 812-822, Mar. 2021. DOI: 10.1093/bib/bbaa418. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33454728/

A pandemia do coronavírus 2019 (COVID-19) mostrou claramente que os principais desafios e ameaças para a humanidade precisam ser enfrentados com respostas globais e decisões compartilhadas. Os dados e suas análises são componentes cruciais para as atividades de tomada de decisão. Com essa finalidade, várias iniciativas começaram a permitir as partilhas nacional e internacional de diferentes tipos de dados sobre a COVID-19, incluindo dados moleculares (a partir das sequências aos alvos de medicamentos), epidemiológicos e dados de políticas e estratégias de intervenção.

Curiosamente, um dos aspectos mais difíceis é a reutilização e o compartilhamento de dados clínicos precisos e detalhados coletados por Prontuários Eletrônicos de Saúde (Electronic Health Records -EHR), mesmo que esses dados tenham uma importância primordial. Os dados de EHR não são apenas essenciais para apoiar as atividades do dia a dia, mas também podem alavancar as pesquisas e apoiar as decisões críticas sobre a eficácia de medicamentos e as estratégias terapêuticas.

Neste artigo, os autores concentram a atenção em infraestruturas de dados colaborativos para apoiar a pesquisa da COVID-19 e nas questões abertas que surgiram sobre o compartilhamento e a governança de dados com a COVID-19.

Os autores apresentam ferramentas colaborativas disponíveis, tais como infraestruturas colaborativas, redes de institutos de pesquisa, bancos de dados compartilhados e tecnologias digitais. Destacam ainda que a pandemia de COVID-19 deixou claro que a comunidade da informática em saúde concorda e exige estruturas unificadas para compartilhar e trocar dados epidemiológicos digitais, de acordo com os regulamentos de proteção de dados. Isso facilitará o fluxo de informações entre os profissionais de saúde, as partes interessadas, decisores políticos e o público. No entanto, ressaltam que as iniciativas de compartilhamento de dados podem ser drasticamente limitadas pela heterogeneidade de formatos e padrões de dados. Isso ocorre porque os dados requerem uma longa fase de pré-processamento, que consiste no mapeamento de variáveis entre os padrões de codificação e versões, antes de serem compartilhados com outros grupos para contribuir com estudos multicêntricos.

Os estudos sobre a pandemia COVID-19 são mais afetados do que outros pela heterogeneidade, em termos de padronização de dados, decorrente da rápida disseminação e evolução da epidemia e do tempo limitado que os institutos de pesquisa tiveram para organizar a coleta de dados de forma homogênea. Na perspectiva dos pesquisadores, a possibilidade de integrar as informações derivadas dos EHR sobre a condição da doença dos pacientes, tratamentos, intervenções e exames clínicos com outras fontes de dados é de suma importância para uma compreensão mais profunda do mecanismo e da manifestação de gravidade da COVID-19. Os autores concluem apontando que as lições aprendidas com a pandemia COVID-19 podem ser um elemento para melhorar a pesquisa internacional e a capacidade futura de lidar com emergências e necessidades de rápido desenvolvimento, que provavelmente serão mais frequentes no futuro em nosso mundo conectado e interligado.

Qual o grau de compreensibilidade das informações sobre COVID-19 nos sites sobre saúde?

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Sites de saúde na COVID-19: eles são legíveis e confiáveis o suficiente para ajudar no autocuidado público?

PESSANHA, Pedro Gonçalves

VALIZADEH-HAGHI, S.; KHAZAAL, Y.; RAHMATIZADEH S.  Health websites on COVID-19: are they readable and credible enough to help public self-care?. J Med Libr Assoc., v. 109, n. 1, p. 75-83, Jan. 2021 DOI: 10.5195/jmla.2021 Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33424467/

O estudo tem como objetivo analisar as informações sobre Covid-19 de sites na Internet. As informações são analisadas quanto a credibilidade e legibilidade. A questão é bem importante, pois há muita informação cientificamente imprecisa ou incompreensível para a população, já que a capacidade de compreensão dessa é variável.

Muitas pessoas consideram a Internet uma boa fonte de informações sobre saúde, podendo estimular  estratégias preventivas. Contudo, estudos demonstram que os sites de saúde podem não ser confiáveis, o que aumenta incertezas e ansiedade, tendo efeito contrário na saúde das pessoas. A questão é agravada pela incapacidade da população de distinguir informações verdadeiras ou falsas. Essa dificuldade pode vir também da legibilidade dos sites, que devem ser compreensíveis à pessoas com idade de onze anos para serem consideradas boas. Assim, o objetivo do estudo é avaliar a qualidade e legibilidade das informações sobre Covid-19 na Internet.

Os autores pesquisaram por “coronavírus”, “COVID” e “COVID-19” no Google, tendo removido os cookies do navegador previamente. Os primeiros 30 sites  para cada uma das 3 palavras-chave foram examinados, resultando em um total de 90 sites. Excluíram sites em outros idiomas, sites irrelevantes, artigos científicos,  duplicados, inacessíveis, sites não baseados em texto e links patrocinados. Assim, 43 sites foram excluídos e 47 avaliados. Foram então divididos em cinco categorias: comercial, noticioso, educacional, governamental e organizacional. Foram utilizadas 4 escalas de legibilidade comummente utilizadas em estudos com esses objetivos. Para verificar a credibilidade das informações dos sites utilizaram  a barra de ferramentas HONcode, para identificar sites certificados.

Os sites recuperados que aparecem na primeira página da pesquisa incluíram mais sites certificados pela HONcode do que aqueles na segunda e na terceira páginas. Mesmo assim a maioria dos sites, mesmo na primeira página, não foram oficialmente aprovados. Dentre os 47 sites, apenas 6 eram certificados pelo HONcode, e todos esses  comerciais  ou organizacionais. A  categoria do site, ou sua colocação na página de pesquisa, não mostraram efeito significativo quanto a legibilidade. Não foram identificadas diferenças significativas nas pontuações de legibilidade entre sites certificados ou não pelo HONcode. Entre as organizações internacionais e nacionais, o conteúdo foi considerado de difícil leitura.

O baixo nível de instrução é uma barreira para o acesso a conhecimento. Uma solução imediata seria a utilização de linguagem mais simples, para facilitar a comunicação com uma parcela maior da população para que entenda informações sobre o que pesquisou. Os materiais de educação devem ser facilmente entendidos por uma média de 11 anos de idade ou alunos da sexta série; os resultados do estudo mostram que a legibilidade das informações da COVID-19 em sites é mais avançada do que o recomendado, no nível de alunos do ensino médio ou universitários. Esse resultado é equiparável ao de informações sobre outras doenças.

A partir da análise dos sites por categoria, percebeu-se que todos estavam muito acima do nível de legibilidade recomendável, mesmo os governamentais, que deveriam ser referência. A mesma coisa com órgãos internacionais, com legibilidade dificultada. Em sites comerciais a legibilidade foi melhor, contudo, a qualidade da informação pior. A maioria das pessoas se limita à primeira página dos sites pesquisados, logo esperava-se que a legibilidade fosse maior, o que não aconteceu. Conclui-se que as organizações mundiais e os governos deveriam preocupar-se mais com a qualidade e a legibilidade das informações disponíveis , para que essas possam ser compreendidas e, assim, úteis.

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Como desenvolver a competência informacional em saúde pode contribuir para aprimorar a prevenção de epidemias e a promoção de estilos de vida saudáveis?

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Competência informacional em saúde pública ante a emergência da pandemia por COVID-19

DUARTE, Rosália Maria

LAZCANO-PONCE, E.; ALPUCHE-ARANDA, C. Alfabetización en salud pública ante la emergencia de la pandemia por Covid-19 [Public health literacy in the face of the Covid-19 pandemic emergency]. Salud Publica Mex., v. 62, n. 3, p. 331-340, May-Jun 2020. Spanish. Doi: 10.21149/11408. Epub 2020 May 8. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32304371

Ensaio teórico destinado a subsidiar a alfabetização (competência informacional) em saúde, a partir da descrição analítica dos elementos que orientam as políticas públicas de prevenção e controle de epidemias, aplicadas no enfrentamento da pandemia da COVID-19. Os autores argumentam que a rápida disseminação, em tempo real, de informações falsas e de interpretações equivocadas acerca de informações científicas gerou problemas adicionais para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. Para eles, a alfabetização em saúde pública pode ajudar a reduzir problemas desse tipo e pode contribuir para que cidadãos e comunidades se tornem aliados dos gestores das políticas na promoção da saúde e no combate a doenças, em especial, as epidemiológicas. Definem alfabetização em saúde como aquisição de conhecimentos, motivação e competências individuais para compreender as informações, “expressar opiniões e tomar decisões relacionadas com a promoção e preservação da saúde” (p.332). Essas competências possibilitariam às pessoas lidar com informações científicas e compreender as ações empreendidas em situações desse tipo. Partindo dessa perspectiva, o ensaio atualiza conhecimentos relacionados à COVID-19, tendo por base os elementos que configuraram as políticas de enfrentamento da doença, e sistematiza conceitos e procedimentos com vistas a oferecer subsídios para a alfabetização em saúde.  

Os autores atualizam os conhecimentos produzidos acerca da doença no âmbito das ações relacionadas à prevenção e controle da contaminação destacando: a) inteligência epidemiológica; b) medidas para mitigação da propagação da epidemia; c) medidas de supressão da transmissão; d) fortalecimento da capacidade de atendimento dos sistemas de saúde; e) desenvolvimento de agentes terapêuticos e vacinas. Com relação às ações de vigilância, o ensaio destaca os conceitos de vigilância epidemiológica, vigilância sentinela, período de incubação, período de latência, contagiosidade, risco de mortalidade por enfermidades transmissíveis, risco de mortalidade por COVID-19 e taxa de letalidade. Ao discorrer sobre cada uma dessas medidas de prevenção, os autores destacam os novos conhecimentos produzidos sobre o novo coronavírus no âmbito da implementação de cada uma delas. No que diz respeito às ações de diagnóstico, são descritos e analisados as medidas e os conhecimentos gerados a partir de provas moleculares, provas sorológicas e detecção de antígenos. Na apresentação dos conceitos relacionados à mitigação da doença, os autores destacam evidências científicas associadas à mitigação comunitária, tais como supressão da transmissão, distanciamento social, quarentena e uso de máscaras.

Nas conclusões, ressaltam que a pandemia da COVID-19 mostrou que o enfrentamento de eventos epidemiológicos dessa magnitude e gravidade exige não somente políticas de saúde pública ancoradas em evidências científicas como também a alfabetização em saúde dos cidadãos e das comunidades, pois esta permitiria a adoção de medidas de prevenção de longo prazo, a promoção de estilos de vida saudáveis e a busca por soluções conjuntas.

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Estratégias mais adequadas e efetivas para conscientizar a população sobre COVID-19 são necessárias?

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Estratégias mais efetivas são requeridas para fortalecer a consciência pública da COVID-19: Evidência das Tendências do Google

DIAS, Elaine

HU, D. ; et al. More effective strategies are required to strengthen public awareness of COVID-19: Evidence from Google Trends. J. Glob. Health., v. 10, n. 1, p. 011003,  Jun. 2020. Doi:10.7189/jogh.10.011003. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32373339/

Nas últimas duas décadas, com o aumento da disponibilidade e do uso da Internet, as pessoas obtêm informações principalmente por meio desse novo método alternativo. O Google é o mecanismo de pesquisa mais popular e possui o Google Trends, um site que analisa a popularidade de termos de pesquisa em todo mundo. Desde que o Google Trends se tornou disponível ao público, ele foi implementado para examinar vários padrões de classificação temporal de algumas questões relacionadas à saúde e para investigar a conscientização do público sobre essas doenças.

Com o interesse do público sobre medidas preventivas para a Covid-19, os autores examinaram a busca global por COVID-19 usando o Google Trends. Na pesquisa os investigadores recuperaram dados de consulta pública para os termos de “2019-nCoV + SARS-CoV-2 + novel coronavirus + new coronavirus + COVID-19 + Corona Virus Disease 2019”, entre 31 de dezembro de 2019 e 24 de fevereiro de 2020, em seis principais países de língua inglesa, incluindo os EUA, Reino Unido, Canadá, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia.

O surto de COVID-19 começou no final de dezembro, no inverno, que também é a estação em que os vírus da gripe atingem o pico. Semelhantemente aos sintomas da gripe, os pacientes confirmados com COVID-19 apresentam febre, tosse e mialgia ou fadiga, alguns têm dor de cabeça e diarreia. Portanto, a maioria das pessoas pesquisou o termo “sintomas do coronavírus” no Google, com medo de ser infectada pelo SARS-CoV-2.

A análise da série dinâmica demonstra a tendência geral de mudança do volume relativo de pesquisa para o tópico COVID-19. Foram realizadas comparações entre os países e também a correlação entre os volumes de pesquisa diários sobre o tópico relacionado a COVID-19 e o número diário de pessoas infectadas.

O estudo demonstrou um aumento da tendência geral de pesquisa em relação a COVID-19 no período inicial do tempo de observação, alcançando o ápice por volta de 31 de janeiro de 2020 na maioria dos países. A duração da atenção do público sobre a doença nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá foi maior do que na Irlanda e na Nova Zelândia. Os resultados também sugerem que o resultado de busca para o tópico COVID-19 na maioria dos países foi ligeiramente correlacionado positivamente com o número de pacientes infectados com a COVID-19 na China e com casos confirmados em outros países.

Além disso, dados recuperados dos EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália pelo Google Trends mostram que pessoas de diferentes países também tinham um interesse comum nos “sintomas do coronavírus”.

Os termos mais pesquisados ​​nos EUA, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia foram “coronavirus nova york”, “coronavirus uk”, “coronavirus canada” e “coronavirus new zealand”, respectivamente, demonstrando que as pessoas se preocuparam mais com a epidemia da COVID-19 nos seus próprios países.

A correlação entre os volumes de pesquisa diários relacionados a COVID-19 com o número diário de casos confirmados na China e o número total diário de pessoas infectadas com SARS-CoV-2 em outros países (além da China) foi ligeiramente correlacionada positivamente. Isso sugere que a consciência pública sobre a COVID-19 não foi forte o suficiente. Assim, os autores destacam que medidas mais eficazes devem ser tomadas para fortalecer a divulgação adequada de informações sobre a doença a fim de aumentar a consciência pública e, dessa forma, tentar controlar a disseminação da COVID-19 em todo o mundo.

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Qual a tendência infodemiológica na Internet sobre perda de olfato durante a epidemia de COVID-19 ?

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Prevendo a Incidência da COVID-19 Usando Anosmia e outros Sintomas

MONT'ALVÃO, Cláudia

PANUGANTI, B. A. et al. Predicting COVID-19 Incidence Using Anosmia and Other COVID-19 Symptomatology: Preliminary Analysis Using Google and Twitter. Otolaryngology–Head and Neck Surgery., v. 16 , n. 3,  p. 491-497, Sep. 2020. DOI: 10.1177/0194599820932128. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32484425

O objetivo do artigo, a partir de um estudo observacional retrospectivo, é determinar as correlações entre as tendências dos usuários (user trends) do Twitter e do Google Search sobre a perda de olfato durante a incidência da COVID-19 nos Estados Unidos, em comparação com outras doenças em vias respiratórias agudas graves.

De forma introdutória, os autores apontam o papel da mídia durante a difusão da informação sobre a perda de olfato e sua associação com o coronavírus 2 (SARS-CoV-2). Citam um estudo realizado com 237 pacientes, onde os médicos foram entrevistados sobre a sintomatologia do coronavírus 2019 (COVID-19) a partir da Ferramenta de Relatório de Anosmia (Anosmia Reporting Tool), desenvolvida pela Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (American Academy of Otolaryngology–Head and Neck Surgery). Como resultado, 73% dos pacientes reportaram anosmia antes do diagnóstico de COVID-19, e 26,6% reportaram a perda do olfato como um sintoma indicativo da doença.

A partir da necessidade de informações epidemiológicas em tempo real, as mídias sociais e o comportamento do usuário na Internet mostraram-se adequadas para a alocação de recursos relacionados à COVID-19 e a estratégias de mitigação.

Nesse estudo, os autores apresentam seus achados sobre uma análise preliminar de exploração infodemiológica, sobre a incidência de COVID-19 e sua relação com a múltiplas tendências de usuários em fórum online. Especificamente, os pesquisadores buscaram: 1) investigar os ‘tweets’ do Twitter, como uma alternativa ou de forma conjunta com o Google Trends (Tendências do Google), para entender padrões de incidência; 2) elucidar o valor infodemiológico das buscas no Google e no Twitter, comparando a perda ou não de olfato como sintoma de COVID-19; e 3) compreender a influência da mídia, como uma tendência infodemiológica relativa à perda do olfato.

Como resultado, os pesquisadores verificaram as buscas no Google e a frequência de tweets relacionadas aos sintomas de perda ou não do olfato, no período de 1 de janeiro a 8 de abril de 2020, utilizando o Google Trends e Crimson Hexagon, respectivamente.

Os coeficientes de Spearman relacionaram cada uma dessas tendências para comparação. As correlações obtidas após a exclusão de um curto período (22 a 24 de março) correspondem a uma ampla divulgação da mídia sobre anosmia como sintoma de infeção.

As buscas no Google e nos tweets sobre os sintomas não relacionados a perda de olfato (0.744 e 0.761, respectivamente) e COVID-19 (0.899 e 0.848) estão mais relacionadas com a incidência da doença do que a perda de olfato (0.564 e 0.539).

Os usuários de Twitter tuitaram sobre a perda de olfato durante o período de estudo, sendo a maioria mulheres (52%), enquanto que usuários tuitaram sobre a COVID-19 (49%). As frequências de Twitter e Google Search sobre a perda de olfato aumentou significativamente (desvio padrão de 2,5) a partir da ampla publicação na mídia sobre a relação desse sintoma com a infecção por SARS-CoV-2

As frequências no Google Search e no Twitter sobre ‘febre’ e ‘respiração curta’ são indicadores mais robustos da incidência de COVID-19 do que anosmia. Os meios de comunicação de massa representam fatores importantes para a confusão de informações e devem ser considerados em an

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Como detectar precocemente a pandemia?

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Detectando Sinais Precoces da Pandemia Global por COVID-19 pela Densidade de Rede na Saúde Pública

DIAS, Elaine Cristina

Chu AMY; Tiwari A; So MKP. Detecting Early Signals of COVID-19 Global Pandemic from Network Density [published online ahead of print, 2020 May 28]. J Travel Med, may. 2020. DOI: 10.1093/jtm/taaa084. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32463088/

O estudo apresenta uma nova utilização da análise de redes na saúde pública através de um método de avaliação quantitativa para o risco de pandemia da COVID-19. Os autores analisaram a densidade da rede entre países, para identificar sinais precoces de risco de pandemia e também para acompanhar a evolução do risco de pandemia por meio do grau de conexão.

Usando os dados dos relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), os autores examinaram a conexão entre dois países em um momento específico t”, calculando sua correlação de mudanças no número de casos confirmados de COVID-19 nos últimos 14 dias (ou seja, os dias selecionados incluem o dia de realização da análise e seus 13 dias anteriores). Se a correlação das mudanças no número de casos confirmados entre dois países fosse maior que 0,5, esses dois países eram considerados conectados, formando uma conexão em uma rede pandêmica.

O método utilizado no estudo se difere dos métodos que utilizam dados de mobilidade humana. O método de analisar densidade da rede avalia a conexão das alterações de casos confirmados entre diferentes países, para avaliar o risco de pandemia.

No estudo, os autores calcularam a proporção do número de conexões existente com relação ao máximo possível de conexões entre países. Em outras palavras, quanto maior a densidade da rede, maior a tendência do número de casos confirmados de COVID-19 dos países aumentarem juntos, indicando um risco pandêmico crescente.

Foram identificados dois picos acentuados no gráfico de séries temporais da densidade da rede, sendo o primeiro no final de fevereiro, duas semanas antes da OMS declarar a COVID-19 uma pandemia global.

O estudo demonstrou que a análise da densidade da rede pode prever riscos de pandemia. Nesta pesquisa, a análise da densidade de rede forneceu evidências necessárias para sinalizar um surto de COVID-19 no início de fevereiro 2020, antes de ter sido declarada como pandemia global. Os autores sugerem que o método apresentado no estudo pode ser aplicável para detectar sinais de alerta precoces em relação a outras pandemias.

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