Evidências Covid 19

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Como proceder e conduzir o manejo dos pacientes com transtornos gastrointestinais na pandemia da COVID-19 ?

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Covid-19 e aparelho digestivo: proteção e manejo na pandemia por SARS-CoV-2

FARHA, Jorge

CRESPO, J. et al. Covid-19 y aparato digestivo: protección y manejo en la pandemia por SARS-CoV-2 Revista Española de Enfermedades Digestivas, v.5, n. 112, p. 389-396, Apr. 2020, Doi: 17235/reed.2020.7128/2020. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32338017

A pandemia de SARS CoV-2 tem uma morbimortalidade considerável em relação às epidemias de SARS CoV e MERS, exigindo adoção de medidas globais de confinamento e isolamento social. O impacto dessa pandemia nos serviços de Gastroenterologia e Hepatologia, nos pacientes e na nova forma de trabalhar são abordados nessa curta revisão.

Uma linha do tempo sobre a disseminação do vírus é apresentada desde a primeira morte na China em 11 de janeiro até 10 de março de 2020.

O Tubo digestivo é um alvo potencial do SARS CoV-2, tal como demonstrado em estudos que revelam a afinidade do vírus pelos receptores da Enzima Conversora da Angiotensina 2 (ECA-2) em mucosa  do estômago, duodeno e reto.

Os procedimentos endoscópicos são, por essas razões, considerados de alto risco para transmissão do SARS CoV-2, e se propõe uma estratificação do risco conforme o procedimento a ser executado.

Tendo em conta as premissas acima e o fato de um grande número de infectados ser assintomático, medidas de rastreamento permanente são preconizadas para os integrantes da unidade de endoscopia digestiva e para todos os pacientes que apresentam indicação de procedimentos  endoscópicos.  

Na Doença Inflamatória Intestinal (DII), não foi demonstrado maior risco de infecção pelo SARS CoV-2 nos pacientes acometidos pela DII, ainda que a mucosa inflamada do intestino, especialmente na Doença de Crohn, exiba superexpressão do Receptor ECA-2, possivelmente devido ao aumento de sua forma solúvel, que compete com receptor de membrana na ligação com o SARS CoV-2, e assim contribuiria para limitar a infecção.

São estratificados aqueles pacientes com condições associadas que elevam o risco de evolução desfavorável, tais como doenças cardiorrespiratórias, diabetes, hipertensão arterial, entre outras,  para um monitoramento mais próximo.

Propõe-se que cada serviço elabore um plano de triagem para os infectados pelo SARS CoV-2, em especial para os que utilizam medicamentos que interferem na imunidade.

Nos pacientes com doença hepática crônica, observa-se que entre 14 e 50% dos infectados pelo SARS CoV-2 têm elevação das enzimas ALT e AST, não apenas em razão das doenças de base, mas também pela ação direta do vírus, tendo em vista a expressão do receptor da ECA-2 nas células hepáticas.

Constata-se a importância da enzima AST como elemento preditivo de evolução desfavorável nos pacientes com doenças hepáticas crônicas.

Discute-se a conduta frente aos pacientes com indicação de Transplante hepático em Lista de Espera, em especial quanto aos recursos necessários para garantir a segurança dos casos elegíveis. Nos transplantados propõe-se um seguimento próximo, e alteração da medicação nos pacientes com evolução mais grave.

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