Evidências Covid 19

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Quem é mais vulnerável a desinformação por meio do WhatsApp e como reduzir essa vulnerabilidade?

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Fatores Demográficos que Influenciam o Impacto da Desinformação no WhatsApp Relacionada ao Coronavírus: Estudo Transversal com Questionário

DIAS, Elaine

BAPAYE, J. A.; BAPAYE, H. A. Demographic Factors Influencing the Impact of Coronavirus-Related Misinformation on WhatsApp: Cross-sectional Questionnaire Study . JMIR Public Health Surveill., v. 7, n. 1, p. e19858, Jan.  2021. Doi: 10.2196/19858. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33444152/

Os riscos de desinformação em redes sociais é um problema global, especialmente à luz da infodemia com a COVID-19. O WhatsApp está sendo usado como uma fonte importante de informações relacionadas à COVID-19 durante a atual pandemia. Ao contrário do Facebook e do Twitter, estudos limitados investigaram o papel do WhatsApp como fonte de comunicação, informação ou desinformação durante situações de crise.

O estudo realizado buscou avaliar a vulnerabilidade em um país em desenvolvimento em relação à desinformação relacionada a COVID-19, compartilhada via WhatsApp, e também identificar as características das mensagens do WhatsApp associadas ao aumento da credibilidade da desinformação.

Os autores conduziram um questionário online na Índia e projetaram um sistema de pontuação baseado em teorias apoiadas pela literatura existente. A vulnerabilidade foi medida como uma razão entre a pontuação do respondente e a pontuação máxima. A pesquisa avaliou a opinião dos respondentes sobre a veracidade das mensagens enviadas por WhatsApp relacionadas ao coronavírus.

Foram analisadas 1.137 respostas de usuários do WhatsApp, que demonstraram que usuários com mais de 65 anos e envolvidos em ocupações elementares foram considerados as pessoas mais vulneráveis ​​a informações falsas divulgadas via WhatsApp. Os profissionais de saúde, que de outra forma são considerados especialistas em relação a esta crise global de saúde, também compartilharam essa vulnerabilidade à desinformação com outros grupos de ocupação.

O estudo indicou que a presença de um link e/ou fonte validando falsamente uma mensagem incorreta adiciona credibilidade falsa significativa, fazendo com que pareça verdadeira. Esses resultados indicam uma necessidade emergente de abordar e retificar os padrões de uso atuais dos usuários do WhatsApp.

Para enfrentar esses desafios, as autoridades dos países em desenvolvimento podem colaborar com o WhatsApp para desenvolver métodos de autenticação e violação de mensagens de fontes oficiais. A liderança em organizações de saúde pode trabalhar ativamente, no sentido de abordar a consciência digital entre os profissionais de saúde, que são os pontos de ancoragem das informações para o resto da comunidade. As organizações de checagem de fatos poderiam aumentar sua presença e se integrar ao Sistema Nacional de Saúde para melhorar sua desenvoltura. As autoridades de saúde podem realizar campanhas de conscientização para educar os usuários a reconhecer a desinformação. E o WhatsApp deve permitir que os usuários relatem mensagens contendo suspeita de desinformação, para que as medidas necessárias sejam tomadas para prevenir sua propagação.

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Como a confiança na ciência pode estar relacionada com crenças em teorias conspiratórias?

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Desinformação sobre COVID-19: evidência de perfis latentes diferenciais e uma forte associação com confiança na ciência

COTRIM JUNIOR, Dorival Fagundes

AGLEY, J.; XIAO, Y. Misinformation about COVID-19: evidence for differential latent profiles and a strong association with trust in science. BMC Public Health., v. 21, n. 1, p. 89, Jan. 2021. Doi: 10.1186/s12889-020-10103-x. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33413219/

O artigo objetivou analisar, a partir de uma pesquisa transversal realizada com adultos norte-americanos, a crença em teorias conspiratórias a respeito da COVID-19 (transmissão do vírus por 5G, conspiração da vacina de Bill Gates, desenvolvimento laboratorial do vírus, restrições de liberdade e científica). 660 pessoas participaram da pesquisa, sendo todas questionadas sobre a credibilidade das cinco narrativas selecionadas, orientação política, compromisso religioso, confiança na ciência e itens sociodemográficos. Emergiram quatro perfis distintos de crença e uma das principais conclusões é de que a crença na narrativa que reflete o consenso científico pode não ser mutuamente excludente da crença em desinformação ou em conspirações.

A introdução foi dividida em quatro subitens. Inicialmente contextualizaram a pandemia, os esforços científicos para a divulgação das pesquisas relacionadas e a percepção da comunidade de pesquisadores a respeito da disseminação de desinformação, teorias conspiratórias e informações não verificadas sobre a COVID-19.

Para investigar o problema, identificaram perfis de crenças sobre as narrativas da COVID-19, a partir de Análise de Perfil Latente (LPA), e elencaram as duas hipóteses: (i) há perfis distintos de crenças nos indivíduos em diferentes narrativas relativas à COVID-19; e (ii) a confiança na ciência é menor entre os subgrupos endossadores da desinformação ou conspiração, mesmo após o controle das características sociodemográficas, de orientação política e religiosa.

Quanto aos métodos, a amostra foi de 660 usuários do mTurk dos Estados Unidos com 18 anos ou mais. Foram solicitadas as informações supramencionadas e a avaliação da credibilidade de cada narrativa foi feita a partir da escala tipo Likert, de 1 a 7 (extremamente inacreditável para extremamente confiável), no total de 21 questões. A análise estatística foi realizada em quatro etapas.

Os “Resultados” indicaram uma maior prevalência do sexo masculino (61,82%), de brancos (60,45%), idade média de 24,8 anos e 50,83% graduado. As pontuações médias de orientação política, compromisso religioso e confiança na ciência foram, respectivamente, 4,82, 4,82 e 3,65. Dentre os perfis de crenças em narrativas tivemos que o Perfil 1 (463 pessoas) geralmente acreditava na narrativa científica e tendia a não acreditar em outras. Foram os que menos acreditaram na narrativa 5G e os que mais credibilizaram a narrativa zoonótica para a origem da COVID-19.

O perfil 2 (54 pessoas) considerou todas as declarações altamente plausíveis; o perfil 3 (77 pessoas) relatou credibilidade de baixa a moderada para todas as quatro narrativas e a menor pontuação para a narrativa zoonótica; e o perfil 4 (66) apresentou credibilidade razoavelmente alta para a maioria das narrativas, diferindo-se do perfil 2 por indicar menos plausibilidade na narrativa 5G.

Na “Discussão” foi identificado que a confiança na ciência era menor entre os grupos que relataram alta credibilidade para informações incorretas sobre a COVID-19, o que foi parcialmente suportado pelos resultados.

A pesquisa confirmou outros achados, como o elevado índice de pessoas nos Estados Unidos que acreditam em pelo menos uma teoria da conspiração. Verificou-se ainda que as pessoas céticas em relação à desinformação tendem a acreditar na ciência, que a neutralidade sobre a credibilidade de narrativas mal-informadas não necessariamente se traduz em endosso à científica e que há grupos latentes para as quais a crença na ciência não mutuamente exclui a crença na desinformação.

A crença na ciência parece estar associada a uma menor probabilidade de expressar um padrão de crença endossador de narrativas definitivas ou provavelmente mal-informadas. Ou seja, não é necessariamente irracional para uma pessoa não inserida na pesquisa científica relatar nível mais baixo de confiança na ciência com base na ideia de que certas teorias estão erradas, foram fraudulentas ou estão em progresso.

A pesquisa sugere que construir sistematicamente a confiança na ciência pode ser uma maneira eficaz de proteger a população contra informações incorretas, mostrando como a ciência funciona e a sua confiabilidade.

Dentre as limitações apontadas estão: a irrepresentatividade nacional dos dados, possibilidade de o estudo estar sujeito a viés de variável omitida, e impossibilidade de afirmar qualquer causalidade.

A conclusão sugere que acreditar em desinformação sobre COVID-19 pode não ser mutuamente excludente de acreditar em explicação científica e que a maioria dos que acreditam em desinformação acredita em várias narrativas diferentes.

Por fim, os autores recomendam aumentar a amostra, aferir a possibilidade de replicação, estruturar estudos longitudinais e desenhar experimentos randomizados para determinar se as intervenções breves podem melhorar a confiança na ciência.

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Como as pessoas se comportaram buscando informação sobre COVID-19 na Internet?

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Comportamentos de Busca na Web e Atitudes Infodêmicas Relacionadas à COVID-19 na Itália: Estudo Infodemiológico

MONT'ALVÃO, Claúdia

ROVETTA A., BHAGAVATHULA A.S. COVID-19-Related Web Search Behaviors and Infodemic Attitudes in Italy: Infodemiological Study. Journal of Medical Internet Research Public Health and Surveillance, v. 6, n. 2, Apr.-Jun. 2020. DOI: 10.2196/19374. Disponível em: http://publichealth.jmir.org/2020/2/e19374/

O objetivo do artigo foi analisar o comportamento das buscas na internet relacionadas à COVID-19 na Itália, a partir dos “infodemic monikers” (ie., codinomes,  apelidos, que divulgam informações erradas que levam a interpretações errôneas, fake news, episódios de racismo, etc.).

A pesquisa foi realizada a partir da análise do Google Trends, a fim de explorar as atividades de busca relacionadas à COVID-19 entre 21 de janeiro e 24 de março de 2020. Para busca no Google Trends, foram utilizadas como palavras chave “Coronavirus” e “Coronavirus+” tanto em inglês, quanto em italiano. Na busca foram considerados títulos de artigos de jornais e websites governamentais, investigando as atitudes dos “infodemic monikers” em diferentes regiões e cidades da Itália, durante 5 dias.

Para caracterizar os infodemic monikers, foram consideradas atitudes de infodemia em quatro grupos:
1) Atitude superficial: o usuário adota palavras que podem gerar confusão desde que o tópico não seja especifico (p.ex., coronavírus);

2) Atitude de desinformação/divulgação de informação falsa: o usuário adota palavras que podem levar à dispersão de notícias falsas, as ‘fake news’ (como p. ex., 5G coronavírus);

3) Atitude racista: o usuário adota palavras que, voluntariamente ou não, geram ou acentuam episódios de racismo (p.ex., coronavírus chinês);

4) Atitude assertiva: o usuário adota os termos apropriados para uma identificação correta da questão (p.ex., COVID-19).

Como ilustrado por gráficos, os cinco principais termos infodêmicos e científicos em uso sobre a COVID-19, na Itália, a partir dos resultados do Google, foram ‘novo coronavírus’, ‘coronavírus chinês’, ‘COVID-19,” “2019-nCOV,” e “SARS-COV-2”. Os cinco principais termos de busca relacionados à saúde foram “máscaras faciais,” “amuchina” (desinfetante à base de cloro), “sintomas do novo coronavírus,” “boletim de saúde” e “vacinas para o coronavírus.”

Considerando as atitudes, a maior parte das informações sobre a COVID-19 que circulou nas regiões de Basilicata, Úmbria, e Emilia Romagna foram consideradas superficiais, e que não forneciam informação clara sobre a COVID-19. A desinformação/divulgação de noticias falsas foi mais disseminada na Úmbria e Basilicata. Uma vez que a COVID-19 foi disseminada pelo mundo a partir da China, muitas informações de cunho racista, como “coronavírus chinês,” “vírus chinês,” “coronavírus chinês,” e “vírus de Wuhan,” foram buscados nas regiões da Campania e Friuli Venezia Giulia.

Como principais achados da pesquisa, a busca na Internet sobre a COVID-19 foi verificada em níveis regionais e locais (cidades) em toda a Itália, e as buscas foram influenciadas pela tradição, por jornais eletrônicos, e pela cobertura da mídia impressa.

Os autores atribuem as atitudes verificadas às falhas das autoridades chinesas em lidar com o vírus em seus estágios iniciais, bem como da OMS, que em suas investigações iniciais, negou a possibilidade de transmissão humano-humano da COVID-19. Os autores assumem que esse tipo de desinformação pode ter levado aos resultados encontrados de conversas furiosas no ambiente online, entre os cidadãos italianos.

Os autores apontaram como limitação do estudo o fato de somente ter sido utilizada a ferramenta Google Trends, limitada à análise dos dados da ferramenta de busca Google. Os autores também não discutem os métodos e ferramentas da Google para a geração de dados de busca e seus algoritmos. As demais ferramentas de busca não foram consideradas.

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Quais os possíveis benefícios de suplementos nutricionais no tratamento e na prevenção da COVID-19?

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Caçadores de mitos: suplementos dietéticos e COVID-19

COHEN, Larissa

Adams, K.K.; Baker, W. L.; Sobieraj, D. M. Myth Busters: dietary supplements and COVID-19. Annals of Pharmacotherapy, v. 54, n. 8, 2020. Doi:10.1177/1060028020928052. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32396382/

Recentemente, divulgou-se nas redes sociais informações sobre o uso de suplementos nutricionais no tratamento e na prevenção dos sintomas causados pelo novo coronavírus. Nesse contexto, percebe-se a importância em esclarecer, com base em referências científicas, verdades e contradições do uso de certos micronutrientes e fitoterápicos sugeridos para tais funções.

Durante a pandemia do novo coronavirus (COVID-19), os sistemas de saúde ficaram sobrecarregados e a população buscou informações médicas de tratamento e prevenção em fontes on-line. Realizou-se uma revisão sobre evidências relacionadas à eficácia e à segurança de suplementos selecionados no cenário de COVID-19, incluindo vitamina C, vitamina D, zinco, sabugueiro e prata coloidal.

Nas redes sociais, o anúncio de suplementos para evitar a contaminação com o vírus da COVID-19 e para auxiliar no tratamento agudo fez as vendas de alguns produtos dispararem. Por exemplo, suplementos à base de zinco e de sabugueiro aumentaram 415% e 255%, respectivamente, no período de 1 semana, no início de Março de 2020.

Foi realizada uma revisão da literatura sobre os suplementos usados para combater a COVID-19 mais anunciados nas redes sociais e nas agências de notícias. Utilizou-se recursos baseados em evidências para COVID-19 e suplementos alimentares provenientes de fontes como Centers for Disease Control and Prevention, ClinicalTrials.gov, Infectious Diseases Society of America e National Institutes of Health.

Há ensaios clínicos registrados em andamento, que examinam as doses de 250 a 500 mg por dia via oral até 24 g via intravenosa por dia de Vitamina C para prevenção e como coadjuvante de tratamento da COVID-19. Porém, ainda não há evidências para tais fins. É importante lembrar que altas doses de Vitamina C administradas via oral causam efeitos adversos em trato gastrointestinal e formação de cálculos renais.

Dados observacionais associaram baixos níveis séricos de vitamina D (<25ng/ml) com infecções agudas do trato respiratório. A ingestão de vitamina D entre 400 a 4000 UI/dia ou dosagens semanais reduzem esse risco. Há embasamento científico para a manutenção de níveis adequados de vitamina D, através de exposição solar segura, alimentos ou suplementação de vitamina D. A suplementação acima de 4000 UI por dia em longo prazo não é considerada segura e pode causar hipercalcemia.

O mineral zinco, o fitoterápico Sabugueiro (Sambucus nigra) e a prata coloidal, não apresentaram estudos com metodologias adequadas nem evidências conclusivas para tratamento e prevenção da COVID-19.

Apesar de fácil acesso, os suplementos nutricionais não devem ser opções de tratamento para COVID-19. Ademais, é importante frisar para a população que a forma correta de prevenção da transmissão é lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos ou utilizar sanitizante de mãos com 60% de álcool, evitar tocar no rosto antes de lavar as mãos, evitar exposição a ambientes e pessoas com vírus, respeitar o distanciamento social, utilizar máscaras em público, cobrir boca e nariz com cotovelo quando espirrar ou tossir, e desinfetar diariamente superfícies que sejam muito tocadas. Os farmacêuticos são os profissionais responsáveis por garantir que os pacientes tenham informações precisas sobre a eficácia desses suplementos em relação à COVID-19.

Em momentos de pandemia, profissionais da área da saúde como nutricionistas e médicos também estão aptos a buscar bases científicas para auxiliar a desmistificar assuntos polêmicos pertinentes à doença em questão e uso de suplementos que aparecem nas redes sociais e que podem induzir a população a erros de uso e riscos à saúde.

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Como a desinformação pode afetar a Covid-19?

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Quando o medo e a desinformação se tornam virais: o papel dos farmacêuticos na prevenção da desinformação dos medicamentos durante a infodemia da COVID-19

Elaine Dias

Erku, D.A.; et al. When fear and misinformation go viral: Pharmacists’ role in deterring medication misinformation during the ‘infodemic’ surrounding COVID-19. Research in Social and Administrative Pharmacy, mai. 2020 [no prelo]. DOI:10.1016/j.sapharm.2020.04.032 Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32387230

O mundo enfrentou um desafio sem precedentes quando o coronavírus (COVID-19) surgiu como uma pandemia. Em meio ao crescente desafio dessa expansão da infecção, existem emergências paralelas que precisam ser combatidas simultaneamente como a proliferação de medicamentos falsos, notícias falsas e desinformação médica em torno da COVID-19.

Os farmacêuticos, por serem uma fonte relevante de informações precisas e confiáveis ​​para o público ou para outros profissionais da área da saúde, são os principais profissionais com habilidades e treinamento necessários para contribuir para a luta contra essas emergências, principalmente reduzindo a disseminação das informações erradas sobre os medicamentos.

Os autores discutem o papel dos farmacêuticos contra as emergências globais de saúde, usando o sistema australiano como exemplo e apresentam um resumo do papel potencial dos farmacêuticos no combate à desinformação sobre medicamentos e outros aspectos a respeito da COVID-19.

A pesquisa de vacinas e tratamentos para COVID-19 foi iniciada imediatamente após o surto, com o objetivo de prevenir a infecção, reduzir a transmissão e/ou gerenciar os graves resultados da doença. Apesar de muitos estudos pré-clínicos e clínicos sobre medicamentos contra a COVID-19, atualmente não há evidências para concluir a opção de tratamento mais segura e eficaz da doença.

A pandemia de COVID-19 provocou um aumento nas vendas de medicamentos “essenciais” falsos e de suprimentos médicos que prometem a cura. Depois que a hidroxicloroquina foi reivindicada como eficaz para o tratamento com COVID-19, houve um aumento na demanda por esse medicamento e um declínio no suprimento internacional, o que representa um risco de curto prazo, principalmente para quem depende do medicamento.

Outra emergência paralela é a sobrecarga de informações e desinformação sobre medicamentos em torno da COVID-19. A OMS descreveu que o surto e a resposta à doença “foram acompanhados por uma enorme infodemia” – uma abundância de informações em excesso em relação à COVID-19 (incluindo medidas ou curas de prevenção falsas) que apresentam preocupações tanto para o público ao distinguir fatos de ficção quanto para agências governamentais definirem políticas baseadas em evidências.

À medida que a COVID-19 se transforma em uma crise de saúde pública global, várias reivindicações infundadas sobre curas e transmissão e/ou exposição foram deflagradas na Internet e nas mídias sociais. Informações erradas sobre medicamentos, na ausência de validação científica, podem potencialmente espalhar medo e pânico desnecessários, minando a disposição do público de seguir conselhos legítimos de saúde pública e de tomar medidas de precaução comprovadas.

Segundo o estudo, os farmacêuticos vêm contribuindo significativamente para o controle da pandemia da COVID-19, através da mitigação da escassez de medicamentos e garantia da qualidade dos medicamentos bem como na disponibilização de informações atualizadas e confiáveis ​​sobre COVID-19 para a comunidade através de folhetos e plataformas de mídia social. No entanto, a COVID-19 apresenta ao mundo uma pandemia paralela de medicamentos “falsos”, suprimentos médicos e “infodemia” de desinformação, o que exige ainda mais esforços de colaboração entre os profissionais para combater essas pandemias.

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