Evidências Covid 19

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Como a Vitamina D pode contribuir para diminuir os riscos de gripe e de COVID-19 ?

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Evidência que a Suplementação de Vitamina D poderia reduzir o Risco de Influenza e Infecções e Mortes por COVID-19

PALMEIRA, Vanila Faber

GRANT, W. B. et al. Evidence that Vitamin D Supplementation Could Reduce Risk of Influenza and COVID-19 Infections and Deaths. Nutrients, 2020, v. 12, n. 4, Abr. 2020. doi:10.3390/nu12040988 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7231123/pdf/nutrients-12-00988.pdf

A vitamina D se destaca, entre os micronutrientes, por ter inúmeros relatos descrevendo suas ações e benefícios no corpo humano. Como, por exemplo, a modulação da resposta imune. Por isso, essa vitamina vem sendo discutida como importante aliada contra as infecções respiratórias, como a gripe pelo vírus Influenza e a infecção pelo Coronavírus 2019.

Nas infecções do trato respiratório a causa de morte, normalmente, está associada aos quadros clínicos de pneumonias (inflamações do tecido pulmonar). Dentre essas infecções destaca-se a gripe, que é causada pelo vírus influenza, bem como a COVID-19 que é causada pelo Coronavírus 2019. Em ambas as infecções ocorre uma ativação do sistema imune do hospedeiro, de maneira a gerar uma inflamação que pode ser descontrolada. Por este motivo o uso de suplementação de vitamina D vem sendo cogitado, uma vez que esta vitamina tem potencial de modular a resposta imune do hospedeiro, e poderia ajudar a reduzir a tempestade de citocinas, principalmente na COVID-19.

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel (se dissolve em gordura) que possui receptores nucleares, regulando desta maneira a expressão gênica. Para que um indivíduo possa adquirir a vitamina D é preciso, ou consumir alimentos ricos nesta vitamina, como queijos amarelos e ovos, ou ficar exposto ao sol em horário que este está mais alto no céu (perto ao meio dia), para que possa produzir a sua vitamina D no corpo. A partir da exposição ao sol, o indivíduo produz um derivado da vitamina D, que precisará passar por processo de transformação no fígado e nos rins, para só então ser produzido o calcitriol, que é a forma ativa dessa vitamina.

A vitamina D possui a capacidade de reduzir as infecções, incluindo as do trato respiratório, principalmente através da modulação da resposta imune do hospedeiro. Na imunidade celular, a vitamina D aumenta a secreção de peptídeos antimicrobianos e reduz a tempestade de citocinas. Na imunidade adaptativa, a vitamina D modula a resposta, para aumentar o perfil Th2 (anti-inflamatório) e reduzir o perfil Th1 (pró-inflamatório). Com isso, a vitamina D permite que a inflamação aconteça, mas sob controle, para evitar lesões teciduais. Apesar de muitos estudos mostrando sua importância, sua suplementação precisa ser mais bem estudada a fim de se determinar concentrações de uso para que se possa evitar as infecções do trato respiratório.

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Quais os possíveis benefícios de suplementos nutricionais no tratamento e na prevenção da COVID-19?

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Caçadores de mitos: suplementos dietéticos e COVID-19

COHEN, Larissa

Adams, K.K.; Baker, W. L.; Sobieraj, D. M. Myth Busters: dietary supplements and COVID-19. Annals of Pharmacotherapy, v. 54, n. 8, 2020. Doi:10.1177/1060028020928052. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32396382/

Recentemente, divulgou-se nas redes sociais informações sobre o uso de suplementos nutricionais no tratamento e na prevenção dos sintomas causados pelo novo coronavírus. Nesse contexto, percebe-se a importância em esclarecer, com base em referências científicas, verdades e contradições do uso de certos micronutrientes e fitoterápicos sugeridos para tais funções.

Durante a pandemia do novo coronavirus (COVID-19), os sistemas de saúde ficaram sobrecarregados e a população buscou informações médicas de tratamento e prevenção em fontes on-line. Realizou-se uma revisão sobre evidências relacionadas à eficácia e à segurança de suplementos selecionados no cenário de COVID-19, incluindo vitamina C, vitamina D, zinco, sabugueiro e prata coloidal.

Nas redes sociais, o anúncio de suplementos para evitar a contaminação com o vírus da COVID-19 e para auxiliar no tratamento agudo fez as vendas de alguns produtos dispararem. Por exemplo, suplementos à base de zinco e de sabugueiro aumentaram 415% e 255%, respectivamente, no período de 1 semana, no início de Março de 2020.

Foi realizada uma revisão da literatura sobre os suplementos usados para combater a COVID-19 mais anunciados nas redes sociais e nas agências de notícias. Utilizou-se recursos baseados em evidências para COVID-19 e suplementos alimentares provenientes de fontes como Centers for Disease Control and Prevention, ClinicalTrials.gov, Infectious Diseases Society of America e National Institutes of Health.

Há ensaios clínicos registrados em andamento, que examinam as doses de 250 a 500 mg por dia via oral até 24 g via intravenosa por dia de Vitamina C para prevenção e como coadjuvante de tratamento da COVID-19. Porém, ainda não há evidências para tais fins. É importante lembrar que altas doses de Vitamina C administradas via oral causam efeitos adversos em trato gastrointestinal e formação de cálculos renais.

Dados observacionais associaram baixos níveis séricos de vitamina D (<25ng/ml) com infecções agudas do trato respiratório. A ingestão de vitamina D entre 400 a 4000 UI/dia ou dosagens semanais reduzem esse risco. Há embasamento científico para a manutenção de níveis adequados de vitamina D, através de exposição solar segura, alimentos ou suplementação de vitamina D. A suplementação acima de 4000 UI por dia em longo prazo não é considerada segura e pode causar hipercalcemia.

O mineral zinco, o fitoterápico Sabugueiro (Sambucus nigra) e a prata coloidal, não apresentaram estudos com metodologias adequadas nem evidências conclusivas para tratamento e prevenção da COVID-19.

Apesar de fácil acesso, os suplementos nutricionais não devem ser opções de tratamento para COVID-19. Ademais, é importante frisar para a população que a forma correta de prevenção da transmissão é lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos ou utilizar sanitizante de mãos com 60% de álcool, evitar tocar no rosto antes de lavar as mãos, evitar exposição a ambientes e pessoas com vírus, respeitar o distanciamento social, utilizar máscaras em público, cobrir boca e nariz com cotovelo quando espirrar ou tossir, e desinfetar diariamente superfícies que sejam muito tocadas. Os farmacêuticos são os profissionais responsáveis por garantir que os pacientes tenham informações precisas sobre a eficácia desses suplementos em relação à COVID-19.

Em momentos de pandemia, profissionais da área da saúde como nutricionistas e médicos também estão aptos a buscar bases científicas para auxiliar a desmistificar assuntos polêmicos pertinentes à doença em questão e uso de suplementos que aparecem nas redes sociais e que podem induzir a população a erros de uso e riscos à saúde.

Sua ideia central pode ser vista no vídeo

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