Evidências Covid 19

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Como os profissionais de educação e de saúde devem atuar para cuidar da proteção da privacidade das informações dos alunos nas escolas?

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Compartilhamento de informação no ambiente escolar durante uma emergência de saúde pública

BERMUDES, Priscilla Mara

BAKER, Christina; GALEMORE, Cynthia A.; LOWREY, Kerri McGowan. Information sharing in the school setting during a public health emergency. NASN School Nurse, v. 35, n. 4, p. 198-202, Jul. 2020. DOI: 10.1177/1942602X20925031. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1942602X20925031

Este artigo tem como objetivo revisar brevemente as leis de privacidade no que se refere às escolas, bem como fornecer uma visão geral das recentes isenções para auxiliar enfermeiras escolares, administradores escolares, profissionais de saúde e agências de saúde pública, em relação à proteção da saúde e segurança dos estudantes durante o atual cenário de pandemia.

Trata-se de um estudo exploratório que destaca as leis federais sobre a proteção da privacidade das informações de identificação pessoal dos registros educacionais dos alunos, e que se aplica a todas as entidades educacionais que recebem financiamento de qualquer programa administrado pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos.

Essas leis de privacidade estabelecem regras que orientam as enfermeiras escolares no compartilhamento de informações dos alunos, mesmo em tempos de emergências de saúde pública. 

É ressaltado que distritos escolares maiores geralmente têm uma posição dedicada de oficial de informação pública (PIO), e as enfermeiras escolares devem ter conhecimento sobre as políticas e práticas escolares relacionadas a falar com a mídia; conectando as pesquisas desta última com o PIO da escola, gestão de doenças transmissíveis e a cadeia de comando, para colocar informações de saúde em cartas, boletins informativos e em sites. 

Por fim, os autores preconizam que parte da preparação para emergências é ter um plano de comunicação em vigor para pandemias, como o que está acontecendo com a COVID-19, incluindo um plano para compartilhar informações de saúde permitidas. A COVID-19 lançou luz sobre a necessidade de orientação no caso de emergências de saúde pública e, certamente, haverá outras emergências semelhantes e surtos de doenças infecciosas no futuro. 

Os autores também recomendam ser prudente os enfermeiros escolares entenderem os requisitos de privacidade e compartilhamento de informações, bem como qualquer orientação de isenção de leis e regulamentos fornecidos durante emergências de saúde. Enfermeiras escolares devem permanecer conectadas com as autoridades de saúde pública em suas comunidades e seus condados, mas também com suas organizações profissionais, para orientação oportuna voltada para proteger a saúde e a segurança de seus alunos e da comunidade escolar.

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Como as tecnologias vestíveis podem auxiliar no acompanhamento dos pacientes?

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Monitoramento fisiológico contínuo usando tecnologia vestível para informar manejo individual de doenças infecciosas, saúde pública e respostas de surto

BARBOSA, Carlos Roberto Hall

MING, D. K.; et al. Continuous physiological monitoring using wearable technology to inform individual management of infectious diseases, public health and outbreak responses. International Journal of Infectious Diseases, v. 96, p. 648-654, Mai, 2020. DOI: 10.1016/j.ijid.2020.05.086. Disponível em: https://www.ijidonline.com/article/S1201-9712(20)30393-3/pdf

Este artigo descreve o uso de tecnologias vestíveis (wearable technologies) no monitoramento fisiológico contínuo de pacientes em ambientes hospitalares ou comunitários, com o objetivo de identificar aqueles com maior risco de agravamento da doença e deterioração clínica. O estudo é direcionado a infecções de importância global, incluindo pandemias como a COVID-19 e doenças endêmicas como a dengue.

Casos graves de doenças infecciosas como a COVID-19 podem levar a distúrbios fisiológicos como choque hemodinâmico ou hipóxia, e uma rápida identificação com intervenção médica são essenciais para reduzir eventos adversos e custos. O monitoramento fisiológico contínuo de pacientes envolve a medição de parâmetros como ECG, frequência cardíaca e respiratória, pressão sanguínea e oxigenação arterial, usando uma combinação de métodos invasivos e não-invasivos, que podem não estar disponíveis em países menos desenvolvidos. Simultaneamente, o avanço das tecnologias vestíveis, com custos relativamente baixos e potencial para conectividade, em conjunto com sistemas de diagnóstico rápido, pode ajudar a suprir tais necessidades.

Um dispositivo vestível na área da Saúde é uma tecnologia que pode ser adequadamente posicionada no corpo do paciente para monitorar aspectos fisiológicos relevantes, de forma não-invasiva ou minimamente invasiva. O artigo destaca as 3 principais modalidades cuja disponibilidade comercial tem crescido nos últimos anos: fotopletismografia, que utiliza a luz refletida na pele para caracterizar a circulação sanguínea, incluindo oxigenação, pressão, frequência respiratória e variação do pulso; detecção de atividade e impedância elétrica, que utiliza eletrodos para acompanhar a frequência respiratória e o eletrocardiograma; e biosensores, que utilizam diversos métodos enzimáticos, eletroquímicos e baseados em anticorpos para detectar substratos específicos no corpo.

O artigo apresenta então diversos exemplos concretos da aplicação de tecnologias vestíveis no setor da saúde, especialmente para a vigilância de doenças infecciosas como a COVID-19. As condições essenciais para tal aplicabilidade são um custo adequado e um desempenho com padrão clinicamente aceitável. Destaca também a importância da conectividade dos dispositivos, permitindo que múltiplos pacientes sejam acompanhados de um único ponto, melhorando a utilização de tempo e recursos e permitindo a identificação precoce das doenças. Tal conectividade também aumenta a eficiência de programas de vigilância epidemiológica e de modelos preditivos da disseminação de doenças infecciosas.

Em seguida, o artigo elenca os principais desafios à implementação das tecnologias vestíveis no setor da saúde. Inicia pela carência de estudos científicos que demonstrem seu uso em casos reais, enfatizando a necessidade de avaliar a aplicabilidade e o desempenho, em especial em países menos desenvolvidos. A maior disseminação do uso de tais dispositivos gerará grandes massas de dados, o que implicará em problemas de armazenamento, transparência e privacidade dos dados e dos pacientes. A OMS emitiu em 2018 diretrizes gerais sobre saúde digital, mas tal arcabouço regulatório precisa ser refinado. Quanto ao hardware, como o desenvolvimento dos dispositivos vestíveis está em suas primeiras fases, ainda há problemas relacionados ao consumo de energia, tempo de bateria e necessidade de recarga. Finalmente, o risco da geração de falsos positivos poderia comprometer a confiança da população na tecnologia.

O artigo conclui que a utilização de dispositivos vestíveis na área médica pode oferecer significativas vantagens, especialmente no gerenciamento de doenças infecciosas e na medicina de precisão. Uma vez que os principais desafios tenham sido superados, a disseminação de tais dispositivos no futuro próximo deverá melhorar a gestão dos pacientes, permitindo novas estratégias para o gerenciamento de infecções epidêmicas ou endêmicas.

Sua ideia central pode ser vista no vídeo

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