Evidências Covid 19

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Qual a incidência e o prognóstico de trombose em pacientes com COVID-19 hospitalizados?

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Incidência, prognóstico e indicadores laboratoriais de tromboembolismo venoso em pacientes hospitalizados com doença coronavírus 2019: uma revisão sistemática e meta-análise

MARRA, Vera Neves

LIU, Y.; et al.  Incidence, prognosis, and laboratory indicators of venous thromboembolism in hospitalized patients with coronavirus disease 2019: a systematic review and meta-analysis. J Vasc Surg Venous Lymphat Disord., S2213-333X(21)00072-X,  2021 [Epub 30 jan. 2021]. Doi: 10.1016/j.jvsv.2021.01.012. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33529719/

A hipercoagulabilidade é um estado bem conhecido em pacientes com COVID-19 e, por consequência, o tromboembolismo venoso (TEV), que inclui a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP), que ocorrem muitas vezes, até mesmo com o uso de profilaxia antitrombótica.

O estudo consiste em uma revisão sistemática com meta-análise, que analisa incidência, prognóstico, mortalidade, indicadores laboratoriais de TEV e protocolos antitrombóticos em pacientes hospitalizados com COVID-19.

Dos 62 estudos selecionados, 26 foram incluídos na revisão, que foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA (itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e meta-análises). Todos os 26 estudos com 4.382 pacientes eram observacionais, dos quais 18 eram retrospectivos e seis prospectivos. A origem dos estudos compreendeu os países França, Estados Unidos, China, Reino Unido, Espanha, Itália e Holanda. Os painéis de anticoagulação para TEV nos estudos incluídos nesta meta-análise podem ser resumidos como: anticoagulação profilática padrão; anticoagulação intermediária; e anticoagulação completa. Foi considerado nível alto de D-dímero o valor de um resultado acima de 1,0 μg/mL.

Os resultados encontrados nessa meta-análise foram os seguintes:

(1) Características gerais dos pacientes: A idade média ponderada foi de 64,5 anos, com predomínio do sexo masculino (63,1%). 

(2) Incidência de TEV: A incidência geral foi de 28,3% e de 38,0% entre os pacientes graves. 

(3) Incidência de TVP: A incidência geral foi de 18,3% e de 22,1% entre os pacientes graves. 

(4) Incidência de EP: A incidência geral foi de 17,6% e de 21,7% entre os pacientes graves. 

(5) Mortalidade: A mortalidade média ponderada para os pacientes de COVID-19 grave com TEV foi de 38,1%, taxa significativamente maior do que para aqueles com a forma grave, mas sem TEV. 

(6) Fatores preditivos laboratoriais: Treze estudos relataram níveis de D-dímero significativamente mais elevados nos pacientes com COVID-19 com TEV em comparação com aqueles sem TEV. 

(7) Análise do painel de anticoagulação: Os pacientes que receberam apenas profilaxia com dose padrão tiveram maior incidência de TEV, em comparação com pacientes que receberam profilaxia padrão combinada com outra dose (isto é, anticoagulação intermediária ou completa). 

Os autores concluíram que a incidência de eventos trombóticos entre pacientes hospitalizados com COVID-19 é considerável e especialmente alta entre aqueles com a forma grave. Concluíram ainda que um nível mais alto de D-dímero pode ser um indicador preditivo de TEV e também de prognóstico ruim para pacientes com TEV; e também concluíram que a profilaxia e o painel terapêutico de anticoagulação em pacientes com COVID-19 deverão ser otimizados, de acordo com as evidências de estudos prospectivos comparando os três painéis de anticoagulação.

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