Evidências Covid 19

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Como prever a progressão da doença COVID-19 nos pacientes e sua gravidade?

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Proteína 10 induzida por interferon-γ (IP-10) e amiloide A sérico (SAA) são excelentes biomarcadores para a previsão de progressão e gravidade de COVID-19

PALMEIRA, Vanila Faber

HAROUN, R. A.; OSMAN, W. H.; EESSA, A. M. Interferon-γ-induced protein 10 (IP-10) and serum amyloid A (SAA) are excellent biomarkers for the prediction of COVID-19 progression and severity. Life Sci. v. 269, p. 119019, Mar. 2021. [Epub 14 Jan. 2021] DOI: 10.1016/j.lfs.2021.119019 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7832132/pdf/main.pdf

A pandemia pelo novo Coronavírus 2019 é uma infecção viral causada pelo vírus causador da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) e que ficou conhecida como doença Coronavírus 2019 (COVID-19). Esta doença pode se apresentar por uma variedade de sinais e sintomas, que podem ser classificados em leves, moderados, intensos e críticos, podendo a pessoa doente evoluir para a morte.

A capacidade de fazer uma previsão sobre a evolução de um paciente com alguma morbidade é algo muito importante na Medicina, uma vez que pode auxiliar a equipe de saúde na tomada de decisão. Na COVID-19 o prognóstico é muito difícil de ser feito, já que cada paciente pode apresentar um quadro clínico diferente, e mesmo aqueles com os mesmos sinais e sintomas podem ter intensidade e/ou gravidade diferentes. Tendo estas variáveis em vista, os autores buscaram investigar se duas proteínas plasmáticas, que têm relação com a inflamação induzida pelo SARS-CoV-2, aumentam no curso da doença, e se isso corresponderia a gravidade do paciente.

Clinicamente a COVID-19 pode ser dividida em leve, moderada, grave ou crítica, levando-se em consideração os sinais e sintomas, além da intensidade e/ou gravidade desses. A severidade da COVID-19 parece ter uma estrita relação com o processo inflamatório induzido no indivíduo. Com a inflamação acontecendo, várias proteínas plasmáticas se elevam na corrente sanguínea, como a IP-10 (quimiocina induzida por interferon), bem como a amiloide sérica A (SAA). Estas duas proteínas foram dosadas no sangue de pacientes confirmados para SARS-CoV-2 (grupo de estudo) pelo teste de swab nasal (um cotonete longo e estéril), e em pessoas saudáveis (grupo controle).

O estudo seguiu dois caminhos: o primeiro deles consistiu na comparação entre pessoas doentes e pessoas saudáveis; e o outro caminho foi realizar a comparação dentro do próprio grupo de pacientes positivos para COVID-19, onde foram equiparados aqueles que apresentavam formas leves ou moderadas, em contraste com os pacientes graves ou críticos. Os resultados mostraram que tanto a IP-10 como a SAA aumentam de maneira significativa, quando foram comparados os soros de pacientes com COVID-19 e os de pessoas saudáveis. Além disso, os níveis plasmáticos das duas proteínas inflamatórias foram mais altos em pacientes graves ou críticos do que em pacientes leves e moderados. Tudo isto sinaliza para que essas duas proteínas possam vir a ser utilizadas tanto na classificação do paciente quanto à gravidade, quanto na sua possível evolução clínica, e essa relação possa auxiliar na tomada de decisões acerca de cada paciente.

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Como a Vitamina D pode proteger os pacientes com COVID-19 na sua evolução clínica?

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Efeitos da vitamina D na infecção e no prognóstico por COVID-19: uma revisão sistemática

PALMEIRA, Vanila Faber

YISAK, H. et al. Effects of Vitamin D on COVID-19 Infection and Prognosis: A Systematic Review. Risk Manag Healthc Policy, v. 14, p. 31. Jan. 2021. DOI: 10.2147/RMHP.S291584 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7800698/pdf/rmhp-14-31.pdf

A vitamina D já é bem conhecida como sendo muito importante para a saúde de ossos, além de interferir na saúde do sistema cardiovascular e do sistema imunológico. Devido à grande dificuldade de se formular um tratamento específico e definitivo para a COVID-19, o uso de vitamina D como possível auxílio ao combate à pandemia pelo Coronavírus 2019 vem sendo discutido.

A maior parte da vitamina D no nosso corpo vem da exposição da pele ao sol, sendo que só uma pequena parcela vem da alimentação. A vitamina D é uma substância lipossolúvel, e, portanto, para ser absorvida, é necessária a presença de lipídios, além de bile e suco pancreático. A cada dia mais, as pessoas apresentam redução nos seus níveis séricos de vitamina D, o que pode estar envolvido com várias patologias, como doenças cardiovasculares, e maior risco de adquirir infecções, principalmente do trato respiratório, como gripe, e também atualmente contrair COVID-19. Por este motivo, os autores buscaram resumir e relacionar a concentração sérica de vitamina D com a COVID-19 através de revisão da literatura.

Em todo o mundo os benefícios da vitamina D, para além dos já conhecidos efeitos ósseos, vêm sendo muito discutidos pela sociedade científica. Sabe-se que esta vitamina modula a produção de citocinas, a ativação de linfócitos T e de células fagocíticas, tendo por este motivo um perfil anti-inflamatório, ajudando desta forma a equilibrar a resposta imune. Assim, ela pode ajudar a manter a resposta imune sob controle durante a evolução da COVID-19. Pessoas obesas e com idade avançada têm, naturalmente, sua vitamina D sanguínea reduzida e, este pode ser um, dentre vários motivos, para que as formas graves e, eventualmente, os óbitos na COVID-19 estejam relacionados a este grupo.

Os autores discutem quais trabalhos mostraram a redução da incidência das formas graves da COVID-19 em pacientes com níveis normais de vitamina D, em comparação com aqueles com presença de hipovitaminose. Também foi levantado na pesquisa da revisão sistemática que pacientes que foram suplementados com altas doses da forma ativa da vitamina D (calcitriol) tiveram menos necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI). Como parece haver uma relação entre COVID-19, gravidade e mortalidade com respeito à dose de vitamina D no sangue dos pacientes, deve-se pensar em manter essa concentração normalizada, seja de maneira natural ou por meio de suplementação, para auxiliar ao combate dessa pandemia por COVID-19.

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