Evidências Covid 19

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Como as modalidades virtuais de consulta por telemedicina trouxe vantagens e dificuldades?

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Consulta virtual de nutrição: o que podemos aprender com a pandemia COVID-19?

COHEN, Larissa

KAUFMAN-SHRIQUI, V. et al. Virtual nutrition consultation: what can we learn from the COVID-19 pandemic? Public Health Nutrition, v.24, n.5, p.1166–1173, abr. 2021. DOI: 10.1017/S1368980021000148 Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33436134/

A ameaça à saúde humana em função da pandemia causada pelo novo coronavírus SARS-COV-2 destaca o estado nutricional dos indivíduos como fator que influencia a evolução da COVID-19.  Alimentação inadequada, sedentarismo, distúrbios emocionais e de saúde mental geram preocupações durante a COVID-19 e nas consequências da mesma.          

Na tentativa de controlar a pandemia, estratégias de isolamento social foram cumpridas globalmente por um longo período de tempo. Os serviços ambulatoriais de saúde, por sua vez, foram reduzidos ou encerrados naquele momento. Nesse sentido, muitos profissionais de saúde, inclusive nutricionistas, iniciaram diversos formatos de consulta na modalidade virtual, levando a telemedicina a se expandir rapidamente.

O objetivo deste estudo foi avaliar como a pandemia afetou as práticas profissionais dos nutricionistas israelenses, e até que ponto as diversas plataformas de consultas virtuais foram utilizadas, bem como a qualidade geral e utilidade dessas modalidades.

A pandemia da COVID-19 desafiou a continuidade e o início de tratamentos de saúde no setor ambulatorial. As políticas de autoisolamento aplicadas durante este surto foram relacionadas ao aumento nos padrões de alimentação irregular, má qualidade da dieta, comportamentos sedentários, má qualidade do sono, ganho de peso, distúrbios emocionais e distúrbios de saúde mental. Ademais, as mudanças econômicas globais devido à COVID-19 introduzem ou agravam situações de insegurança alimentar. Assim, juntamente com a resposta de saúde imediata necessária, também é essencial considerar as consequências desta pandemia para a saúde em longo prazo.

Este foi um estudo transversal com uma amostra de conveniência de nutricionistas cadastradas na Associação Dietética Israelita (ADI). Os investigadores enviaram um questionário de 36 itens aos nutricionistas e o estudo foi conduzido online usando a plataforma Google Survey. A coleta de dados foi realizada de 31 de março a 5 de maio de 2020, período durante o qual a população israelense esteve sob autoisolamento em larga escala.

Trezentos nutricionistas (12% dos membros da ADI; 95% mulheres) responderam à pesquisa. A maioria relatou redução de 30% nas horas de trabalho na pandemia. A forma mais prevalente de aconselhamento nutricional alternativo (ANA) foi por telefone (72%) e 53,5% utilizaram plataformas online. Quase 45% não tinha experiência anterior com tais modalidades. Ambos os formatos de ANA foram avaliados como inferiores à consulta presencial, devido às dificuldades técnicas por telefone e nas plataformas online, à falta de medidas antropométricas e à falta da comunicação interpessoal. Idade avançada e experiência anterior de aconselhamento por telefone foram associadas a maiores escores de qualidade.

Durante a pandemia da COVID-19, o uso da telemedicina aumentou em vários campos clínicos.  Descobriu-se vantagens como a redução dos custos de saúde, melhora do acesso aos serviços de saúde e aumento da adesão ao tratamento.

Assim como em outros locais e profissões, metade dos nutricionistas de Israel implementou a telemedicina sem experiência prévia. Discute-se o uso de ferramentas para melhorar tais serviços por um nutricionista, como smartwatches e balanças eletrônicas.

A telemedicina possui potencial promissor para consulta nutricional durante um período de pandemia. Contudo, faz-se necessário estabelecer padrões adequados para ser usada tanto em situações de crise quanto nas condições de rotina.

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