Evidências Covid 19

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Como os profissionais de saúde devem se proteger para lidar com a COVID-19 ?

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A pandemia de Covid-19, Equipamento de Proteção Individual e Respirador: uma revisão narrativa

MONT'ALVÃO, Claudia

HA, J. F. The Covid-19 pandemic, personal protective equipment, and respirator: a narrative review. International Journal of Clinical Practice, p. e13578, Jun. 2020. [publicado antes do impresso]. DOI: 10.1111/ijcp.13578. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32511834

O objetivo do artigo, a partir de uma revisão narrativa, é examinar e resumir as evidências disponíveis para gerar recomendações sobre a segurança de profissionais de saúde, (HCW, health care workers).

O artigo aborda, a partir da pandemia causada pelo coronavírus, uma discussão sobre os equipamentos de proteção individual (EPIs) uma vez que são o limite de proteção para os HCW. A autora aponta que há uma controvérsia entre instituições sobre o uso de EPIs como recomendação para o controle da infecção por HCW.

Para a realização da revisão narrativa, a autora buscou nas bases de dados PubMed MedLine e Embase em 30 de março de 2020 artigos que utilizassem como palavras-chave “equipamento de proteção individual”,’COVID-19”, “n95”, “profissionais da saúde” e “mortalidade/óbitos”. Uma revisão bibliográfica também foi realizada. Os resumos foram escaneados para avaliar sua adequação a serem incluídos na revisão narrativa.

Na discussão, a autora aponta as questões nos tópicos apresentados a seguir:

. Gotículas respiratórias são a principal via de transmissão, e podem causar contaminação através de contato próximo (inclusive olhos) ou nas superfícies. A transmissão pode ser reduzida e influenciada por fatores como: ventilação, filtragem do ar, esterilização e EPIs;

. Taxa de transmissão entre profissionais de saúde: Cerca de 3,5 a 20% dos profissionais de saúde foram infectados, e a mortalidade desse grupo está na faixa de 0,53 a 1,94 %;

. Lições da SARS: Quando em 2013 tivemos o surto de SARS, os profissionais não estavam preparados. EPIs podem prevenir os profissionais de saúde de infecções e talvez essa experiência tenha influído no uso de respiradores n95 na proteção desses profissionais, devido à alta taxa de mortalidade da COVID-19.

. A taxa de mortalidade entre profissionais de saúde está na faixa entre 1,4-3,83%. A falta de EPIs parece estar relacionada a esse número de óbitos.

. Higiene geral, uso de toucas, máscaras e proteção para os olhos. A higiene geral é um procedimento de controle de infecções. Os EPIs dependem da prevalência de COVID-19 na comunidade, do grau de proliferação, disponibilidade, ocasião, e precisão na testagem da COVID-19. Como há evidências de transmissão do vírus influenza pelo ar, recomenda-se o uso de óculos de proteção e máscaras face shield.

A autora destaca na discussão questões sobre máscaras e respiradores. As máscaras cirúrgicas, apesar de serem impermeáveis, não são consideradas uma proteção respiratória, uma vez que são utilizadas para proteger o profissional de saúde contra as gotas maiores, e outros fluidos transmitidos pelas mucosas do nariz e boca. Já os respiradores permitem a filtragem do ar, como o n95.

O respirador n95 é, no momento, o recomendado para os profissionais de saúde que estejam a 2 metros de pacientes com suspeita ou infectados com o SARS-CoV-2. Sua eficácia, uso prolongado e reuso também já foram investigados, assim como problemas relacionados ao seu uso. Como desvantagens, estão associados à diminuição na acuidade comunicacional, desconforto na cabeça e face devido ao calor, pressão ou dor, dor de cabeça, coceira, queimação nos olhos, náusea, tonteira, dificuldade de concentração, entre outras questões de interferência mecânica na realização das atividades.

Já os respiradores purificadores de ar (Powered Air-Purifying Respirators, PAPR), apresentam maior fator de proteção comparados aos respiradores n95.

Como conclusão, a autora destaca que há muito a aprender com essa pandemia e que o coronavírus configura-se como um novo patógeno de alta fatalidade se não forem utilizadas intervenções efetivas. É preciso aprimorar o programa de suprimentos médicos de reserva, melhorar o sistema de alocação, distribuição e utilização de EPIs. Estes devem ser adequadamente implementados a fim de garantir que estamos prontos para a próxima pandemia.

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Como as máscaras podem ajudar a proteger do contágio da COVID-19 ?

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Proteção facial na era da COVID-19: uma revisão narrativa

NACCACHE, Mônica

LI, D. T. S.; et al. Facial protection in the era of COVID-19: a narrative review. Oral Diseases, Jun. 2020. [publicado antes do impresso] DOI: 10.1111/odi.13460. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/odi.13460

Artigo de revisão publicado em periódico, discute sobre os diferentes tipos de máscaras de proteção facial.

O uso de proteção facial é essencial na prevenção de infecções. Porém, a eficácia da maioria destes equipamentos ainda não foi provada. Observa-se a importância do uso de máscaras de alta-eficiência para profissionais de saúde, e o uso de máscaras comuns para a comunidade em geral, a fim de reduzir a velocidade de contágio. Este uso é recomendado principalmente pela possibilidade de transmissão por pacientes assintomáticos.

Os autores descrevem as máscaras respiradoras (N95, FFP2 e variantes) como sendo as que têm a maior capacidade de filtragem (filtram 90% das partículas de tamanho similar ao do vírus), possuem quatro camadas de filtros, se ajustam perfeitamente à face, e devem ser usadas uma única vez.

As máscaras cirúrgicas são usadas quando o risco de contaminação é de baixo a moderado, e têm três diferentes classificações, de acordo com a capacidade de filtração. Estas máscaras têm três camadas, mas não filtram partículas pequenas de forma eficiente e não se ajustam perfeitamente à face, mas podem ser efetivas em grande número de situações. Estas máscaras são recomendadas para uso da comunidade em geral, visando a redução do contágio da COVID-19. Os autores concluem que seu uso pode efetivamente reduzir o contágio, desde que associado a outras medidas, como o distanciamento social.

As máscaras de uso único e as feitas de tecido têm eficiência reduzida mas mesmo assim podem contribuir com a redução do contágio, e também são uma boa alternativa para uso com outras medidas como redução de circulação e distanciamento social.

Barreiras faciais não oferecem proteção contra o vazamento de aerossóis em suas margens. A sugestão é que sejam usadas apenas como proteção adicional (às máscaras, por exemplo). A vantagem é que são robustas e de fácil desinfecção, além de não bloquearem linguagens de interpretação visual.

Respiradores a bateria (Powered Air-Purifying Respirator, PAPR) são uma alternativa a algumas situações na impossibilidade do uso das N95, mas seu custo é bem elevado e também requer treinamento.

Foi feita uma comparação da incidência de COVID-19 na região de Hong Kong (onde 96,6% da comunidade em geral usava máscara tipo cirúrgica) com países em que o uso não era feito, e observou-se que a incidência era bem menor. Concluiu-se que o uso das máscaras diminui efetivamente a incidência de COVID-19, reduzindo a emissão de saliva e gotas respiratórias por pessoas contaminadas.

A reutilização das máscaras não é recomendada. Porém, com a falta de equipamentos, alguns métodos de desinfecção, por calor, por tratamento químico e por radiação, foram propostos, porém não são 100% seguros, e ainda existem questões em aberto: as máscaras podem ser efetivamente esterilizadas? Como? Quantas vezes? As máscaras reutilizáveis devem alcançar um balanço entre eficiência de filtração e integridade de material. A pesquisa por máscaras reutilizáveis deveria ser intensa, tendo em vista a possibilidade de surgimento de novas pandemias e epidemias.

O uso continuado de máscaras faciais pode resultar em problemas de pele como alergias, úlceras e outras lesões.

Os autores concluem que o uso das máscaras efetivamente reduz o contágio da COVID-19.

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