Evidências Covid 19

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Como evolui no tempo a capacidade dos anticorpos induzirem nos pacientes a destruição das células infectadas pelo virus?

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O desenvolvimento e a cinética da citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos funcionais (ADCC) para a proteína spike SARS-CoV-2

PALMEIRA, Vanila Faber

CHEN, X. et al. The development and kinetics of functional antibody-dependent cell-mediated cytotoxicity (ADCC) to SARS-CoV-2 spike protein. Virology., v. 559, p. 1-9, mar. 2021. DOI: 10.1016/j.virol.2021.03.009 Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7975276/pdf/main.pdf

A pandemia atual é causada por um Beta Coronavírus intitulado de Coronavírus 2019 (SARS-CoV-2), que é o responsável pela doença COVID-19. Esta infecção viral é capaz de induzir no hospedeiro uma resposta imunológica completa, com geração de memória através da produção de anticorpos, os quais são glicoproteínas específicas para estruturas microbianas, incluindo os vírus.

Os anticorpos representam uma forma de defesa importante contra todo tipo de infecção, incluindo as infecções virais, como a COVID-19. Dentre os papéis que os anticorpos podem desempenhar estão: neutralização, fagocitose dependente de anticorpo (tanto para células mononucleares, como os macrófagos, quanto para as células polimorfonucleares, como os neutrófilos), e também a citotoxicidade (capacidade de causar lise em células) mediada por anticorpos (tanto para célula do tipo Natural Killer {NK} quanto para linfócitos do tipo TCD8). Os autores tiveram como objetivo avaliar o desenvolvimento da citotoxicidade mediada por anticorpos contra SARS-CoV-2, através de experimentos utilizando células com super expressão da proteína S do vírus, soro de pacientes positivos para o Coronavírus 2019, e células NK de linhagens modificadas.

A citotoxicidade mediada por anticorpo (CMA) leva as células NK a liberarem substâncias, como as granzimas e as perforinas, que causam a destruição celular, a partir de seu reconhecimento de anticorpos aderidos à superfície celular. Nos experimentos conduzidos pelos autores do trabalho, as análises avaliaram, dentre outras coisas, a lise de células expressando a proteína S do SARS-CoV-2, a partir de anticorpos do soro de pacientes positivos para SARS-CoV-2. Do total de 61 pacientes positivos para SARS-CoV-2 com forma leve ou moderada de COVID-19, 56 tinham anticorpos com propriedades de CMA, e 5 deles não tinham essa propriedade, indicando que nem todo anticorpo neutralizante possui capacidade de CMA.

Os dados apresentados no trabalho mostram que a capacidade de CMA dos anticorpos contra SARS-CoV-2 começa a aumentar a partir do sétimo dia de início dos sintomas, continuando a subir até a fase de convalescência precoce (15–90 dias), e começando a diminuir após um período de 3 a 4 meses. Esses dados são consistentes com outros trabalhos que mostram essa mesma dinâmica de quantidade de anticorpo versus tempo. Esse conhecimento acerca da CMA ajuda a compreender a imunidade contra SARS-CoV-2, bem como sua proteção, podendo ser utilizado para o desenvolvimento de terapêutica e vacinas mais eficazes.

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