Evidências Covid 19

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Como proteger a pele dos profissionais de saúde quanto ao uso prolongado de máscaras de proteção?

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Avanços no Cuidado da Pele e de Feridas

LETICHEVSKY, Sonia

SMART, H. et al. Preventing Facial Pressure Injury for Health Care Providers Adhering to COVID-19 Personal Protective Equipment Requirements. Advances in Skin & Wound Care, v. 33, n. 8, p. 418-427, Ago. 2020. DOI: 10.1097/01.ASW.0000669920.94084.c1 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7342803/

O artigo aborda uma proposta para mitigar uma questão que ficou muito evidente desde o início da pandemia de COVID-19: as lesões que aparecem na pele de profissionais de saúde da linha de frente com o uso contínuo e prolongado de máscaras de proteção individual, importantes para evitar a transmissão através de aerossóis.

Os autores propuseram adaptar o silicone que é rotineiramente empregado para prevenir lesões em pacientes de alto risco, para ser utilizado nos locais da pele comumente lesionados por máscaras usadas pelos profissionais de saúde. As vantagens do uso deste silicone seriam sua disponibilidade, já que é empregado no hospital para evitar lesões em pacientes, assim como seu baixo custo. A proposta é cortar este silicone em diversos fragmentos para serem aplicados na mandíbula, regiões superior e laterais do nariz e partes laterais do rosto.

Os testes para avaliar a eficácia deste silicone na proteção da pele foram realizados em 10 voluntários, de ambos os sexos, da equipe do Hospital Universitário King Kamal. Foi utilizada a classificação para tipos de pele de Fitzpatrick, que varia de: pele clara tipo 1, queima facilmente e nunca se bronzeia; tipo 2, que queima facilmente e se bronzeia ligeiramente; pele média tipo 3, inicialmente se queima e se bronzeia bem; tipo 4, que geralmente se bronzeia; até a pele marrom escura, tipo 5, e negra, tipo 6. Os voluntários foram identificados com tipos de pele 2, 3, 4, 5 e 6.

Na primeira fase do estudo, apenas um pequeno curativo de silicone foi usado nas proeminências faciais ósseas durante o período do turno para que houvesse um controle rigoroso de possíveis infecções. Na fase 2, foi realizado um teste de ajuste da máscara N95, com uma camada de silicone protegendo a pele. O teste foi realizado de acordo com as melhores práticas internacionais. Na fase 3, foi conduzido o uso da proteção facial por 1 hora após o teste de ajuste para verificar, então, a condição da pele. Na fase 4, foi determinada a eficácia e estabilidade do curativo de silicone sob a máscara de N95 após 3 horas e, depois deste teste, a pele foi examinada. A fase 5 comparou a diferença com e sem uso de silicone na qualidade da pele facial e a oxigenação (SpO2) após um turno de 4 horas dos voluntários. Estes testes foram realizados repetidamente.

Os voluntários relataram conforto ao usar a proteção de silicone, assim como uma menor fricção. As peles mais claras apresentaram maiores impactos relativos à pressão do que as peles mais escuras. Além do teste realizado para avaliar os danos à pele com a presença ou ausência do silicone, foi avaliado se o silicone interferia na eficiência da máscara N95 e observou-se que o uso de silicone aprimorou a vedação, fato demonstrado por uma pequena queda na oxigenação dos participantes do estudo. Estes testes, com reduzido número de pessoas, foram considerados promissores para solucionar o problema que vem afetando profissionais de saúde do mundo inteiro.    

 

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