Evidências Covid 19

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Quais as principais fontes de informação disponíveis sobre COVID-19 e como elas ajudam as pessoas a aumentar sua autoconfiança para lidar com o problema?

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Fontes de informação relacionadas a COVID-19 e a relação com confiança nas pessoas lidando com COVID-19: estudo de enquete no Facebook em Taiwan

MORAES, Margarete

Wang,  PW. et al. COVID-19-related information sources and the relationship with confidence in people coping with covid-19: facebook survey study in taiwan. Journal of Medical Internet Research, v. 22, n. 6 p. e20021, jun. 2020. doi: 10.2196/20021. Disponível em:  http://www.jmir.org/2020/6/e20021/

O artigo, a partir da premissa de que as pessoas obtêm informações sobre a COVID-19 na Internet, argumenta que a compreensão dos fatores relacionados a essas fontes de informação ajuda os profissionais de saúde e governos a educarem as pessoas para a sua prevenção e controle.

Devido ao intenso fluxo de pessoas com a China, foi previsto que Taiwan teria um alto índice de contaminados pela COVID-19. Entretanto, a sua experiência com a síndrome respiratória aguda (SARS) em 2002/2003 fez com que cidadãos estivessem vigilantes para prevenir a nova doença.

A Internet é o canal mais popular de informações sobre prevenção de doenças acessado em Taiwan. Concomitante a isso, a produção de conteúdos sobre a COVID-19 aumentou consideravelmente.

Este estudo objetivou examinar quais as principais fontes de informação sobre COVID-19 estão disponíveis e quais estão relacionadas à autoconfiança das pessoas no enfrentamento da COVID-19 em Taiwan.

Informações precisas e confiáveis na Internet, apesar de serem difíceis de obter, são fundamentais para prevenir e curar a doença, tanto para os profissionais de saúde, como para o público leigo.

A mídia tradicional também é importante fonte de informação durante surtos de doenças. Contudo, a exposição repetida da crise sanitária da mídia eleva respostas de ansiedade e estresse entre as pessoas.

Como as pessoas obtêm informações sobre a COVID-19 de várias fontes, entendê-las ajudaria no desenvolvimento de sistemas de entrega de informações transparentes e eficazes, para aumentar a autoconfiança delas em lidar com a pandemia.

Este é um estudo transversal, aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa, onde os participantes foram recrutados através de um anúncio no Facebook entre 10 e 20 de abril de 2020. Os critérios de inclusão eram: ser usuário do Facebook, ter idade igual ou superior a 20 aos e ser morador de Taiwan.

Os 1904 participantes voluntários foram indagados sobre quais fontes de informação acessavam sobre COVID-19, sua preocupação com COVID-19 e sua autoconfiança para lidar com a doença. Dados sobre sexo, idade e escolaridade também foram coletados.

Foram utilizados aplicativos de mineração de dados e técnicas específicas de análise estatística.

A maioria das pessoas de Taiwan confiava na Internet para obter informações sobre a COVID-19. Muitos participantes também usaram uma variedade de fontes de informação. Essa variedade foi associada ao sexo, idade e ao nível de preocupação com a COVID-19. Para os profissionais de saúde, o uso de lições formais como fonte de informação foi significativamente associado a uma melhor autoconfiança no enfrentamento da COVID-19. A associação significativa entre o recebimento de informações de mais fontes e maior autoconfiança foi encontrada apenas em trabalhadores da saúde.

Os autores admitem que os usuários do Facebook podem não ser representativos da população de Taiwan. O estudo revelou que quanto mais preocupação com a doença mais as pessoas variam as fontes de informação acessadas e com isso se sentem mais autoconfiantes para lidar com a doença. Profissionais de saúde são mais autoconfiantes em lidar com a COVID-19.

A desinformação sobre o COVID-19 ainda é grande, especialmente nas mídias sociais, apesar do Ministério da Saúde e Bem-Estar de Taiwan ter feito esforços para dissipar informações incorretas.

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Como os profissionais de saúde buscaram informações sobre COVID-19 e sobre quais conteúdos?

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Cobertura de informações sobre saúde por diferentes fontes nas comunidades: implicação para a resposta epidêmica da COVID-19.

MORAES, Margarete

TRAN, Bach X. et al. Coverage of health information by different sources in communities: implication for COVID-19 epidemic response. Int. J. Environ. Res. Public Health, v.17, n.10, p.3577, may. 2020.[Special Issue COVID-19 Global Threat: Information or Panic] doi: 10.3390/ijerph17103577. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32443712

O artigo é um estudo sobre o uso de fontes de informações e conhecimentos sobre COVID-19, acessadas por profissionais de saúde do Vietnã. O estudo argumenta que aumentar o conhecimento e o nível de informações dos profissionais de saúde sobre a doença é uma das estratégias para ajudar a combatê-la.

A segurança sanitária do Vietnã esteve ameaçada pelo compartilhamento de fronteira com a China, o primeiro epicentro da COVID-19. Com isso foi necessário que o país se organizasse para a prevenção da doença e pudesse responder de forma coordenada para extinguir a epidemia eficazmente.

Todos os países, na luta contra a COVID-19, estão enfrentando dificuldades com os recursos humanos, seja pelo quantitativo insuficiente, seja pela falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre a doença.

Este estudo objetivou identificar quais fontes de informação da COVID-19, e seu conteúdo, eram acessados por profissionais de saúde e agentes comunitários no Vietnã.

A rapidez com que a COVID-19 se espalhou pelo mundo e a ignorância sobre ela fizeram aumentar o nível de busca de conteúdos.  E para tentar compreendê-la e combatê-la, muito conteúdo foi produzido, alguns frutos de pesquisas científicas, mas outros meras especulações. Assim, observa-se diversidade de fontes de informação na Internet e nos meios de comunicação. O problema é que nem todas as fontes de informações são confiáveis.

Para os profissionais de saúde, que estão na linha de combate desta doença, o acesso a informações e conhecimentos confiáveis e de qualidade é crucial para melhor prevenir e controlar a COVID-19.

Este é um estudo transversal, utilizando pesquisa baseada na web, entre janeiro e fevereiro 2020, aprovado por comitê científico e vinculado a um projeto de pesquisa geral sobre a resposta epidêmica à COVID-19 no Vietnã.

Através de critérios de inclusão, foram recrutados 604 participantes médicos, agentes de saúde e estudantes de medicina. Os participantes responderam a um questionário eletrônico que os indagava sobre quais fontes se informavam sobre a COVID-19. Também foi indagado se os conteúdos acessados eram clínicos, de prevenção ou de responsabilidades.

Foram utilizados aplicativos de mineração de dados e técnicas específicas de análise estatística.

Setenta por cento (70%) dos participantes eram do sexo feminino.

86,4% dos participantes moravam em áreas urbanas.

87,7% eram solteiros.

15,2% dos participantes acessavam informações sobre COVID-19 em aulas nas universidades; 13,7% na Internet (jornais online, redes sociais, etc.); 11,7% em rádio/televisão; 8,3% em treinamentos nos locais de trabalho; 8,1% nos jornais impressos; 8,0% com parentes.

O restante ficou pulverizado entre clubes, vizinhos, associação de bairros, entre outros.

Sobre a classificação dos conteúdos acessados, 75,7% acessavam sobre a patologia da doença; 66,3% sobre as seqüelas físicas; 63,3% sobre tratamento e controle.

O restante ficou pulverizado entre responsabilidades dos indivíduos, comunidades e governos, políticas públicas, entre outros.

O  estudo mostrou as diferenças no acesso às informações da COVID-19 e a variedade de fontes acessadas entre os profissionais.

Quanto ao conteúdo acessado, a maioria dos participantes já conheciam a clínica e as características patogênicas da COVID-19, mas não conheciam sobre políticas e regulamentos estabelecidos pelo governo ou estabelecimentos que trabalhavam.

Os canais mais bem avaliados pelos participantes foram os meios de comunicação de massa e a educação por pares. As descobertas fornecem evidência para formular programas de treinamento e atividades de comunicação para aumentar a capacidade dessas pessoas em responder rapidamente à epidemia COVID-19.

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Como os desafios e as oportunidades de cuidado à saúde na COVID-19 produziram inovação em telemedicina?

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A pandemia COVID-19 e a rápida implementação de telemedicina para adolescente e jovem adulto: desafios e oportunidades para inovação

MARTINHO, Alfredo

BARNEY, Angela; et al. The COVID-19 Pandemic and Rapid Implementation of Adolescent and Young Adult Telemedicine: Challenges and Opportunities for Innovation. Journal of Adolescent Health, p.1-8, may 2020. DOI: 10.1016/j.jadohealth.2020.05.006. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32410810

O artigo trata da rápida implementação da telemedicina em resposta à pandemia, que foi realizada numa clínica de adolescentes e adultos jovens vinculada à Universidade da California, São Francisco (UCSF). Até o presente, não existiam diretrizes práticas específicas. Todos os colaboradores se mobilizaram para solucionar as barreiras e os problemas logísticos decorrentes dessa implementação. No atendimento, foram excluídas as queixas agudas de saúde para avaliação de COVID-19.

A pandemia do coronavírus estimulou a utilização de telemedicina permitindo a continuidade da assistência, evitando a exposição presencial. Toda coordenação entre os prestadores de serviço foi treinada para usar o Zoom Video, ferramenta audiovisual. Foram criados novos protocolos de triagem remota, agendamento e check in de pacientes. Novos fluxos de trabalho foram desenhados pela equipe administrativa para acesso aos serviços de registro eletrônico dos pacientes, que, por envolver menores, necessitou autorizações por escrito. As duas primeiras semanas da intervenção concentraram-se sobre como enfrentar desafios logísticos. Na segunda semana, prestadores começaram a identificar desafios e lições aprendidas em telemedicina para cuidados gerais de saúde de adolescentes.

Conseguiram com esse atendimento manter o número de visitas no mês comparável ao ano anterior, tendo a clínica faturado, em março de 2020, praticamente o mesmo faturado em março de 2019, mas, devido a atrasos, ainda não puderam relatar a receita gerada em março de 2020.

Diante de inúmeras barreiras, foram encaminhadas soluções criativas em dimensões como confidencialidade e todos os desafios específicos em cada tipo de atendimento, com elaboração de diretrizes clínicas que permitiram que a comunicação bidirecional entre os prestadores e os pacientes tivessem eficácia, mesmo sem assistência de dispositivos de exames.

Privacidade e confidencialidade foram desafios, dado à incapacidade de estabelecer um ambiente silencioso e privado para o paciente. Soluções que incentivaram os pacientes a usarem fones de ouvido e uso da função de bate-papo com zoom, permitindo que eles digitassem respostas a perguntas, limitando a divulgação aos membros da família, minimizaram tais problemas.

Foram encaminhadas soluções específicas para cada um dos principais domínios clínicos.

Na saúde mental, os transtornos do humor e a manutenção de medicamentos para hiperatividade foram facilmente gerenciados via telemedicina.

Na saúde reprodutiva, houve limitações aos exames físicos, porém, a telemedicina foi muito efetiva nos aconselhamentos sobre contracepção.

Nos distúrbios alimentares, como requerem um monitoramento de peso, sinais vitais, histórico alimentar, será preciso refinar um protocolo para os membros da família calibrarem em casa escalas de peso, etc.

Pesquisas futuras serão necessárias para entender a segurança, eficácia e aceitabilidade de telemedicina para alguns distúrbios específicos.

Esse trabalho, com pacientes adolescentes e adultos jovens, demonstrou que a telemedicina enfrentou desafios que passaram pela aceitação cultural em toda a cadeia de assistência, e também identificou barreiras e busca de soluções criativas para: confidencialidade dos dados, privacidade, desenvolvimento de diretrizes clínicas, aperfeiçoamento de monitorização remota.

A oportunidade de se levantarem problemas e suas respectivas soluções, que devem ser comuns a outras áreas da assistência, através de resultados comparativos cruzados a outras clínicas que provavelmente foram suportadas pela telemedicina, é uma lacuna a ser preenchida em observações futuras.

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